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Cuidados com o coração: quando buscar um cardiologista?

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Foto: Freepik

 

No Brasil, as doenças cardiovasculares representam as principais causas de mortes. De acordo com o Ministério da Saúde, por ano, cerca de 300 mil pessoas sofrem Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), popularmente conhecido como ataque cardíaco. Desses, 30% são vítimas fatais, sendo assim, é natural que os indivíduos se preocupem com a saúde do coração e se perguntem quando é o momento de buscar ajuda especializada.

Fatores genéticos colaboram para esse cenário, mas são os hábitos poucos saudáveis que respondem pela maior parte dos agravos. Mudanças simples na rotina podem melhorar a qualidade de vida. O MS conversou com o diretor-geral do Instituto Nacional de Cardiologia (INC/MS), o cardiologista Carlos Scherr, para esclarecer as principais dúvidas de como manter um coração saudável.


Quando devemos buscar um cardiologista?

Pessoas que têm algum histórico familiar, que já tenham algum distúrbio tipo colesterol alto, pressão alta, diabetes, que estão acima do peso e que são fumantes. Essas pessoas devem procurar um cardiologista por serem consideradas grupo de risco.

Além disso, toda vez que tiver um sintoma suspeito de dor no peito ou falta de ar, vale a pena descartar a origem cardíaca, principalmente se a pessoa fizer parte desse grupo de risco.


Como a pessoa deve agir no dia a dia para manter um coração saudável?

Manter o peso, fazer atividade física regular, não fumar, não consumir bebida alcóolica em excesso, ter uma noite de sono adequada, evitar comidas processadas ou ultraprocessadas, evitar o excesso de sal e o excesso de açúcar. Além de ter uma vida com menos ansiedade.


Quando uma pessoa deve começar a fazer algum tipo de avaliação, o primeiro check-up?

Depende da doença que ela tiver e do histórico familiar. Se a pessoa tem na família indivíduos com doenças cardíacas em idade jovem, homens com menos de 55 anos e mulheres com menos de 65 anos, devem procurar tratamento mais precocemente. De um modo geral, homens a partir de 40 anos e mulheres a partir de 50 anos devem fazer um check-up.


Quais são os fatores de risco para doenças cardiovasculares?

Hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo, colesterol alto, não dormir adequadamente ou viver em lugares com muita poluição atmosférica.


Quais sinais devem ser observados quando algo não vai bem?

Se você começa a ter um cansaço maior do que você tinha para fazer as mesmas coisas, se quando você fizer algum esforço tiver algum sintoma de dor no tórax que você não tinha antes ou quando houver alterações de pressão, sintomas de tontura, desmaio ou falta de ar.


Falam muito do benefício que o álcool (ex.: vinho) pode trazer para o coração, quais são eles?

Na verdade, o consumo excessivo de álcool vai ser prejudicial ao coração, ele pode determinar inclusive uma doença no músculo do coração, onde o coração perde a força de contração, chamada de cardiomiopatia alcóolica. Algumas pessoas inclusive são mais sensíveis ao álcool e isso pode provocar arritmias cardíacas. Existem inúmeros estudos mostrando que o consumo, principalmente do vinho, de forma moderada, poderia trazer benefícios, aumentando a fração boa do colesterol, mas isso faz parte da dieta Mediterrânea, que seria a melhor dieta a ser adotada do ponto de vista cardiovascular.


Carne vermelha faz mal para o coração?

Se for em excesso, sim. Se ela for consumida de 2 a 3 vezes por semana no máximo, não vai trazer grandes malefícios, mas se ela for consumida todo dia, no almoço e no jantar ou se a pessoa só comer carne vermelha ou carnes gordurosas, vai fazer mal. O consumo não é proibido, desde que seja limitado.


Quais são as principais doenças do coração e como elas se desenvolvem?

As congênitas, que são doenças que as crianças nascem com uma má-formação no coração. E existem doenças que são adquiridas, como a doença das válvulas, artérias coronárias, no músculo do coração, do ritmo do coração. Elas podem se desenvolver por maus hábitos de vida, como as doenças coronarianas, a hipertensão arterial e ainda tem as doenças de origem familiar.

 

Fonte: Ministério da Saúde

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