Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
O prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) informou no final da manhã de hoje (6) que não recebeu nenhum pedido oficial do médico Gilberto Albuquerque para sair da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
Desde ontem circula informação que Gilberto pediu afastamento da Fundação. Um dos nomes cotados é o médico Paulo Márcio, superintendente do Hospital Universitário (HU).
“Pode ser o Paulo Márcio, pode ser outro. Mas, só posso declinar um nome depois que o Dr. Gilberto disser ‘vou dar uma pausa, eu não quero mais, procure outros’. Ele me chama, sabe? Fui professor dele por quase 8 anos”, contou o prefeito.
Ao falar sobre a saída do gestor, o prefeito relembrou a relação pessoal que tem com Gilberto Albuquerque, com quem mantém uma amizade de longa data. Segundo ele, devido a relação, seria uma “grosseria” anunciar um sucessor antes de conversar com o então presidente da FMS.
“Saiu na mídia que o Dr. Gilberto pediu demissão, mas não é verdade. Até agora ele não chegou e disse estar aqui o cargo. Não vou tomar atitudes grosseiras e antidemocráticas, porque é um cidadão que tenho que respeitar, não só por ser um colega da saúde, mas por ser um cidadão”, declarou.
Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Dr. Pessoa disse que após conversar com Gilberto refletirá e poderá indicar “um médico A, B ou C”, expressão costumeiramente usada por ele. Dr. Pessoa, inclusive, esteve reunido com o médico de Amarante José Lira nesta manhã. Na fala, o prefeito seguiu dizendo que a indicação que fará não precisa ser necessariamente de um profissional da saúde.
“O administrador da Saúde não precisa ser especificamente da área da saúde, pode ser outro. Isso foi mostrado até em ministro da Saúde, o José Serra […] parece que o Florentino também não é da área da saúde. Então, não precisa ser obrigatoriamente”, disse.
Dr. Pessoa ainda comentou sobre declarações dadas por Gilberto Albuquerque ao portal Cidade Verde. O presidente da FMS afirmou que o problema da saúde em Teresina não é gestor, mas sim, a falta de investimentos.
O prefeito rebateu a fala dizendo que Teresina investiu três vezes mais na saúde no ano passado, do que a cota exigida por lei. Dr. Pessoa ainda acrescentou a crise na saúde da capital teria instalado-se, devido a “incompetência administrativa”.
“O próprio Dr. Gilberto disse que o governo do estado deve um valor significativo ao município de Teresina, que já pedi N vezes para ele ir atrás expor esse débito. Não posso dizer que há a deficiência financeira da prefeitura, mais a deficiência administrativa da prefeitura […] Tem alguma coisa errada. Não é por falta de investimento da Prefeitura de Teresina. Ou é por falta de investimento nacional, estadual ou incompetência administrativa”, pontuou.
Paula Sampaio
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