O principal desafio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) para este ano será com as perdas de arrecadação. Em entrevista ao Notícia do Manhã, o secretário Emílio Júnior, informou que o valor é superior a R$ 1 bilhão.

“O problema foi criado com essas leis 192 e 194 e quando você já reduz a arrecadação, o retorno dela só volta se você tiver o complemento de aumentar a carga tributária ou não. Então assim, infelizmente o estado do Piauí nós já estimamos que para o ano de 2023, essas perdas são na ordem de mais de R$ 1 bilhão de reais no ICMS e esse é o desafio”, explica o secretário.

Emílio Júnior destaca que ano passado também houve a perda de R$ 500 milhões, mas que segue otimista em relação ao cumprimento das metas durante a nova gestão.  

“Nós já tivemos em 2022 uma perda da ordem de R$ 500 milhões, estamos encerrando o ano graças a um planejamento que foi executado anteriormente que permitiu com o que o estado conseguisse concluir o ano mantendo todos os seus pagamentos em dia. Começaremos o ano de 2023 com esse desafio, mas muito otimistas em relação ao Governo Federal, muito otimistas em relação ao nosso governador eleito Rafael, então com certeza a gente concluirá esse mandato com bastante eficiência e bastante êxito”, ressalta.

Com esse desafio, o secretário explica que o primeiros 100 dias de governo serão de cautela em relação à economia e os investimentos no estado virão através das operações de crédito.

“O estado inaugurou esse viés de focar muito nos investimentos e infraestruturas e uma das fontes utilizadas é a questão das operações de crédito. Diante da dificuldade que a gente vai começar o ano, a ideia é manter a prudência nesses primeiros 100 dias do governo, para ver como fica a questão da economia como um todo, a gente manter a prudência, para que a gente possa vislumbrar e para os investimentos, o planejamento vai estar focado em tentar cumprir as principais ações que estão sendo planejadas pelo Executivo”, diz Emílio Júnior.

Ação bilionária

O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Hilo de Almeida confirmou nessa segunda-feira (9) que irá pedir, temporariamente, a suspensão da ação de R$ 7 bilhões, impetrada contra o governo do estado.

Emílio Júnior ressalta que com essa suspensão e aprovação do orçamento de 2023, o estado irá poder começar o ano com as ferramentas de gestão tranquilas.

“Uma ação dessa, se tivesse que cumprir, com certeza desorganizaria toda a máquina pública do estado. Houve por enquanto uma suspensão desse julgamento, então a gente vai conseguir aprovar o orçamento de 2023 e o estado, mesmo diante das dificuldades, começaremos o ano com todas as ferramentas institucionais de gestão tranquilas”, finaliza o secretário.

 

Rebeca Lima
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