Reunidos na noite desta quarta-feira (27) no Sindicato dos Médicos do Piauí - Simepi -, médicos do Estado decidiram cruzar os braços em paralisação de advertência por 72 horas. A categoria abandonará o trabalho a partir de meia-noite da próxima terça-feira, dia 2 de junho.

 

 

O presidente do Simepi, Leonardo Eulálio, informou ao Cidadeverde.com que a paralisação será geral, e até os serviços emergenciais serão atingidos. "Nas emergências, só equipe mínima", declarou. Ele disse ainda que caso não ocorra avanço nas negociações com o Governo do Estado, a greve por tempo indeterminado poderá ser deflagrada.

 

Os médicos reclamam de um acordo assinado em 2007 e descumprido neste ano, que prevê o parcelamento do reajuste salarial da categoria. O piso subiria para R$ 1.100, valor já defasado segundo números da Federação Nacional dos Médicos, que prevê salário mínimo de R$ 8.200 por quatro horas trabalhadas diariamente.

 

O Governo do Estado alegou perda de receita com a crise econômica e propôs aos sindicatos com acordos acertados o pagamento escalonado até o fim do ano. No entanto, além dos médicos, professores, policiais civis e agentes penitenciários já recusaram o parcelamento. Fazendários e até PMs, que legalmente não podem fazer greve, também sinalizam para paralisações.