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PMs são suspeitos de matar seguranças de trem de carga em Cubatão (SP)

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Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo 

Policiais militares do COE (Comandos e Operações Especiais), tropa de elite da PM paulista, são suspeitos de matar um guarda-civil e um policial aposentado na noite de quarta-feira (25) na região da Vila Esperança, em Cubatão, na Baixada Santista.

As vítimas trabalhavam na segurança de um trem de carga quando foram baleadas.

Os mortos foram identificados como Reginaldo dos Santos Conceição, sargento aposentado, e Wagner Moreira Coelho, guarda-civil municipal de Praia Grande.

Conforme a Polícia Militar, os agentes do COE se dirigiram ao local após denúncia feita pelo 190 sobre o furto de carga em vagões de um trem estacionado na altura do bairro Vila Esperança.

Segundo a corporação, os policiais militares entravam no terreno quando, em determinado momento, teriam identificado indivíduos subtraindo mercadorias do trem. Ao avistar os policiais, os suspeitos atiraram contra eles para evitar a prisão.

Durante a troca de tiros, prossegue o relato, quatro funcionários de uma empresa de segurança patrimonial ouviram os disparos e foram ao local notando, em seguida, indivíduos fugindo armados por um matagal.

Viram ainda um homem com uma arma longa próximo ao trem. Como não teriam o identificado como um policial, atiraram em sua direção.

Foi quando, ainda de acordo com a PM, os agentes do COE reagiram. Três pessoas foram baleadas, entre elas Conceição e Coelho. Somente após eles terem sido feridos, os policiais notaram que eram vigilantes patrimoniais da empresa concessionária da linha férrea. As vítimas não usavam uniformes nem possuíam carros caracterizados da empresas, afirma a corporação.

Um homem identificado como Marcelo Henrique Hespanhol foi levado ao Pronto-Socorro Municipal de Cubatão.

Outros três homens foram detidos e encaminhados à Delegacia de Polícia de Cubatão como suspeitos pela prática de furto aos vagões de trem.

As armas utilizadas na troca de tiros foram apreendidas. A Polícia Militar não informou se os agentes que participaram da ação utilizavam câmeras no uniforme.

Em nota, a Polícia Militar disse que reitera o seu compromisso com a verdade e com a proteção das pessoas.

Procurada, a Rumo, responsável pela ferrovia, disse que os dois homens trabalhavam na empresa de monitoramento de risco contratada pela concessionária. Conforme a empresa, eles não utilizavam uniformes para não ficarem mais expostos, o que foi uma decisão da terceirizada.

A concessionária declarou que vem sofrendo diversos ataques na região da Baixada Santista e que por isso intensificou as conversas com a Secretaria da Segurança Pública, Comando da Polícia Militar e da Polícia Civil.

 

Fonte: Folhapress (Paulo Eduardo Dias) 

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