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Federação de atletas pede punição a Abel no STJD com 'objetivo educacional'

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A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) formalizou um pedido de punição ao técnico Abel Ferreira no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por "comportamento inadequado" do português na disputa da Supercopa do Brasil, no sábado, entre Palmeiras e Flamengo. 

Ao Estadão, o presidente da federação, o técnico Alfredo Sampaio, afirmou que o envio do ofício tem "objetivo educacional".

O time paulista venceu por 4 a 3, em partida marcada por um novo destempero de Abel Ferreira, expulso depois de chutar um microfone da transmissão. De acordo com Sampaio, porém, o principal motivo para a manifestação da Fenapaf foi a tentativa de retardar o jogo ao tirar a bola de Arrascaeta.

"Essa questão transcende um limite que não deveria ser ultrapassado. Entendemos que a partir do momento que um treinador passa a se dirigir a um jogador ou a um treinador adversário acende uma fagulha perigosa que pode dar uma confusão", explica Sampaio. 

"Expliquei nossa preocupação ao jurídico e foi sugerido que essa situação fosse oficiada ao STJD".

A Fenapaf pede que Abel Ferreira seja enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que versa sobre atitudes contrárias à disciplina e a ética no esporte. 

A punição para este tipo de infração é a suspensão de uma a seis partidas ou de 15 a 180 dias. No entanto, Alfredo Sampaio diz que não tem a expectativa de que o STJD punirá o técnico.

"Nossa expectativa é que sirva de reflexão para que ele (Abel) entenda que algumas coisas não podem ser feitas. Ele é um técnico fantástico, mas esse comportamento é excessivo. Quando ele 'chega' em um atleta, eu entendi que deveríamos nos posicionar", afirma.

Ao ser questionado sobre por que não havia feito esse pedido em relação a outros técnicos anteriormente, o presidente disse que não o fez porque as situações ocorreram quando ele ainda não estava à frente da Fenapaf. Alfredo Sampaio assumiu o comando da federação em março do ano passado.

"É importante que fique claro que o único interesse é esportivo. Não há nenhum interesse político ou clubístico nisso. Nosso respeito ao Palmeiras é muito grande", declarou.

O Palmeiras se manifestou publicamente na tarde desta quarta-feira, em repúdio ao que o clube classifica como "oportunista manifestação" da Fenapaf. 

"A entidade não tem autoridade, tampouco representatividade, para cobrar punições por atos ocorridos no campo de jogo e, portanto, passíveis de avaliação por parte da arbitragem. Cabe ressaltar que a Fenapaf nem sequer consultou os atletas do Palmeiras sobre esta iniciativa", diz a nota.

"Apoiamos o nosso técnico, que tanto vem contribuindo com o desenvolvimento do futebol brasileiro, e não aceitaremos qualquer tentativa de diminuí-lo, quanto mais de macular as nossas conquistas alcançadas com dedicação e suor. 

Pedimos que a Fenapaf, em vez de se preocupar com o comportamento de um profissional íntegro, dedique-se a melhorar a situação dos milhares de atletas de futebol espalhados pelo país que, lamentavelmente, não encontram condições ideais para trabalhar."

Fonte: Estadão Conteúdo

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