O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), engenheiro José Borges Araújo, informou, em entrevista ao Notícia da Manhã, que os engenheiros do Maranhão e do Ceará convidados para integrarem a equipe de elaboração do laudo de Algodões I chegam hoje ao Piauí. Eles seguem para Cocal da Estação para fazerem uma vistoria no local.
“Estamos trazendo especialistas em barragem para nos ajudarem na elaboração do laudo. Ainda não é possível afirmar a causa. Somente depois do estudo poderemos dizer alguma coisa. Sabemos que um dos fatores que contribuiu muito foi a forte chuva”, afirmou José Borges.
Já a partir de hoje à tarde a equipe vai solicitar material usado na construção da barragem, os estudos feitos no local. Amanhã a equipe segue para o município para fazer uma vistoria e coletar depoimentos das pessoas que moravam nas proximidades.
Segundo José Borges, não se pode responsabilizar ainda o engenheiro Luiz Hernane, construtor da barragem. Porém, ele adianta que “os indicativos que se apresentam dizem que seria possível evitar o rompimento”.
Governo investiga
O governador Wellington Dias assinou um decreto instituindo uma comissão para investigar o caso. Essa comissão é presidida pelo engenheiro Norbelino Lira de Carvalho e tem ainda como integrantes o secretário de Segurança Robert Rios, secretário de Infraestrutura Avelino Neiva, a presidente da Emgerpi Lucile Moura, o secretário de Defesa Civil Fernando Monteiro, o secretário de Meio Ambiente Dalton Macambira e o comandante do Corpo de Bombeiros Coronel Francisco Barbosa.
A comissão deve ter também integrantes do CREA, do Sindicato dos Engenheiros técnicos do Denocs, da Defesa Civil e outros órgãos.
Norbelino Carvalho informou em entrevista à TV Cidade Verde que, em vistoria prévia, foi detectado que o sangradouro estava totalmente destruído. “Foi essa obstrução que propiciou a erosão, que foi corroendo o acesso à barragem”, informou.
Norbelino Carvalho informou em entrevista à TV Cidade Verde que, em vistoria prévia, foi detectado que o sangradouro estava totalmente destruído. “Foi essa obstrução que propiciou a erosão, que foi corroendo o acesso à barragem”, informou.
Leilane Nunes
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