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Profissionais de enfermagem protestam em defesa de piso salarial

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

Profissionais de Enfermagem realizaram nessa terça-feira (14) uma manifestação em frente ao Hospital Getúlio Vargas (HGV) pedindo a liberação do pagamento do piso nacional que foi sancionado ainda em 2022, mas que foi suspenso após decisão do ministro Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com cartazes escritos com frases " De heróis da pandemia, a vilões da economia", os profissionais realizaram o ato no Centro de Teresina, que faz parte de uma mobilização nacional, pela valorização da categoria. No estado chegou a ser aprovado um piso, mas ele atinge apenas os profissionais que trabalham para o governo.

A enfermeira Rosilene Carvalhedo, de 60 anos, trabalha há mais de 30 anos como técnica de Enfermagem e 15 anos com Enfermeira. Ela trabalha como técnica na Maternidade Dona Evangelina Rosa e também como enfermeira na estratégia da família e coordenadora do SAMU em Demerval Lobão. Ela explicou que o profissional precisa ter mais de um emprego para poder pagar as contas.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

"A gente sai de casa de manhã, passa 24h de plantão, chega em casa, só tomo um banho, vou para a Estratégia da Saúde da Família,  depois que sai de lá, vai para o outro trabalho. O tempo da gente com a família é mínimo, a gente passa mais tempo no trabalho do que em casa com a família. Eu ainda não consegui me aposentar do meu primeiro emprego porque a luta é muito grande, foi aprovado o piso, mas o ministro vetou e estamos aqui reivindicando ", destacou.

A enfermeira Mônica de Matos explicou que não existe motivo para manter o veto ao piso. "Não estamos aqui contra ninguém, o nosso partido é a Enfermagem, queremos esse piso que é merecido, pois é uma categoria, onde se precisa, a primeira categoria pronta para atender a demanda é a de enfermagem, a", destacou maior categoria da saúde", destacou.

Piso vai regularizar pagamentos 

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Senatepi), Erick Ricceli, afirmou que a categoria  está cansada de lutar pelo piso, e que os valores pagos aos profissionais é diferente em cada município.

" No momento que o Congresso se empenhou para liberar os empenhos de custeio, veio o ministro Barroso que disse que não iria liberar porque não mostrou como vai chegar. Agora estamos buscando uma medida provisória, pois é a maneira mais rápida para que esse dinheiro chegue. A Enfermagem não pode mais ficar como está, com 700 reais de vencimento como é o caso de  Batalha, com 900 de vencimento como é o caso de São Miguel do Tapuio. Precisamos de uma Enfermagem que não fique esquecida após uma pandemia, depois de ter sido a categoria que mais adoeceu, que mais faleceu, doando o seu trabalho para a sociedade. Estamos em uma situação tão crítica, que quando o profissional adoece, não tem dinheiro nem para pagar os remédios", afirmou.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

Ele explicou que é uma mobilização nacional que busca a garantia dos direitos e que a possibilidade de greve está sendo analisada.

" Essa história que vai demitir em massa não é verdade, pois a rede privada lucrou muito com o aumento da jornada e o pagamento do mesmo piso, e disso não falam. Então queremos um piso de R$ 4.750 mil, e ainda estão resistindo em pagar. Hoje estamos fazendo o movimento em 26 estados, e se no dia 10 não tiver tudo resolvido, teremos greve", informou.

 

Flash Bárbara Rodrigues
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