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“Há qualidade de vida para quem tem Parkinson”, afirma neurologista

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Foto: Freepik

 

O diagnóstico precoce, aceitação da doença e um tratamento eficaz são fatores essenciais para o paciente com Parkinson ter qualidade de vida. 

Além dos desafios da própria doença, os pacientes convivem com a falta de informação que abre espaço para um preconceito silencioso.

Parkinson é a segunda maior doença neurodegenerativa mundialmente, acomete homens e mulheres. Ela é caracterizada pela degeneração prematura dos neurônios do sistema nervoso central. É uma doença crônica, não transmissíveis.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Doença de Parkinson está presente em pelo menos 1% da população acima de 60 anos.  

Os sintomas iniciais da doença são bastante variados, por isso a necessidade de buscar rápido o atendimento primário na rede básica de saúde para possível encaminhamento para a área especializada. Como se trata de uma doença que atinge a parte do sistema nervoso responsável pelos movimentos, deve alertar-se para o aparecimento de lentidão de ações musculares, tremores nas extremidades das mãos (especialmente em repouso), distúrbios de fala e dificuldade para engolir. Além dos sintomas motores, alterações de humor, das rotinas de sono, lapsos de memória, tontura constante, irritabilidade podem indicar o início de doenças relacionadas ao Parkinson.

O neurologista Kelson James de Almeida ressalta que o Parkinson não é o vilão da saúde e que as pessoas com diagnóstico da doença têm qualidade de vida. 

“Tratar precocemente, os pacientes terão qualidade de vida muito melhor. É uma doença degenerativa, mas ela não é cheque assinado de morte, que vai parar na cadeira de roda, se for realizado tratamento precoce, bem feito e especializado, o paciente vai ficar bem”, ressalta o médico.   

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a conclusão da parceria com a farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim, que ajudava a produzir o medicamento Pramipexol no Brasil. O remédio é usado para o tratamento da doença de Parkinson. O fim da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) foi anunciada em uma cerimônia realizada na embaixada da Alemanha no Brasil e tem o objetivo de garantir autonomia à Fiocruz.

Os medicamentos para Parkinson são disponibilizados gratuitamente pelo SUS através do Programa de Medicamentos Excepcionais.

Vergonha e preconceito

Kelson James destaca que ainda há preconceito quando se fala em mal de Parkinson. “Essa doença não é um mal porque tem tratamento e muitos pacientes ficam muito bem com os medicamentos e reabilitação. Alguns pacientes têm vergonha quando tremem, ficam mais lentos, mas o combate é através da informação”. 

O médico cita que pessoas que foram submetidas a tratamentos com substâncias tóxicas podem estar associadas ao aparecimento de doenças de Parkinson. 

“Alguns estudos de segmentos apontam que pacientes submetidos a beber água de poço, aqueles que têm contatos com agrotóxicos em lavouras estão associados a doença. Os que acontecem abaixo dos 45 anos são associados a causa genética”.

O médico informa que os tratamentos do Parkinson são baseados em medicamentos, um deles é o levodopa, além de fisioterapia e atividade física. 

“Os estudos mais recentes sugerem tratamentos mais novos como a cirurgia para doença de Parkinson, que a gente chama de DBS (Estimulação Cerebral Profunda), e o aparecimento de novas drogas como a safinamida que chegou ao Brasil, há também alguns medicamentos que são usados fora do país que não existem aqui”.


Da Redação
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