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Piauí possui 102 áreas de risco para inundação, deslizamento e alagamento, diz CPRM

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

O Piauí possui 102 áreas de risco para inundações, deslizamentos e alagamentos, é o que mostra o monitoramento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). De acordo com o órgão, um total de 43.877 pessoas habitam esses locais e estão sob risco. 

Dentre as áreas monitoradas, foram identificadas 79 pontos de inundação, 15 de deslizamento, três de alagamento e cinco outros eventos geológicos. Deste total, 12 foram classificadas com risco muito alto (11%) e 90 com risco alto (88%).

O dado é preocupante, principalmente depois que um forte temporal provocou um deslizamento de terra no litoral do estado de São Paulo, deixando 36 pessoas mortas e mais de  2,4 mil desabrigados e desalojados. 

De acordo com Sidney Barros, pesquisador em geociência e coordenador de projetos nas áreas de riscos do CPRM, a situação piauiense é similar à paulista por conta da similaridade da ocupação das áreas de risco próximas a encostas. 

Fonte: CPRM

“É uma expansão urbana desordenada, ocupação de encostas íngremes, construções às vezes não muito adequadas e o próprio terreno que às vezes tem uma composição geológica também muito parecida, mas as proporções são diferentes”, pontuou o técnico. 

No Piauí, Teresina lidera o ranking com dez áreas de risco geológico. “Entre os pontos críticos estão os bairros Vila da Paz, Vale do Gavião, Pedro Balzi, Parque Rodoviário e Vila Bandeirante”, listou o geólogo. 

“O Pedro Balzi hoje é uma área de risco muito crítica em Teresina. É um local de preocupação onde se tem uma encosta íngreme com movimentação de terreno, deslizamento de bloco e que a distância entre a ocupação desordenada e a encosta é de cinco metros”, completou o coordenador do órgão. 

Por conta dessa situação, o CPRM segue mapeando 49 municípios em todo o estado, emitindo boletins que auxiliam outros órgãos como as defesas civis, para elaboração de ações de prevenção ou de contingência em situações mais graves.

"Temos o esquema de alerta [...] estamos sempre distribuindo esses boletins quando o nível da água aumenta um pouco e o nível das chuvas atingem um nível considerado para que a população possa ficar sobreaviso”, concluiu Sidney Barros.

 

Breno Moreno (Com informações do CPRM)
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