Cidadeverde.com

Entenda o que é artrose e saiba como tratá-la

Imprimir

 

Foto: Freepik

 

A artrose é caracterizada pelo desgaste e degeneração da cartilagem articular. Segundo a reumatologista Dra. Tatiana Molinas Hasegawa, ela acontece não só pela idade, mas também pelo excesso do uso da articulação e sobrecarga articular. Além disso, pode afetar jovens e ser hereditária


Sintomas da artrose

A dor nas articulações é o principal sintoma da artrose. “Pode haver inchaço, que é o edema, rigidez e dificuldade de movimentação, podendo levar até à invalidez, dependendo do grau desse acometimento”, analisa a médica.

Também pode ocorrer atrofia perto da musculatura ao redor da articulação atingida. “O paciente sente que as juntas crescem, deformam, como se estivesse crescendo um osso ao redor da articulação, é o que acontece pelo desgaste articular”, complementa.


Causas da doença

As causas normalmente estão relacionadas à sobrecarga na articulação. “Embora esse seja o evento mais importante, devemos considerar fatores genéticos, como a história familiar, válida de forma muito significativa para a artrose de mãos”, afirma a reumatologista Dra. Ingrid Moss

Também há as causas secundárias, como traumatismos prévios, doenças sistêmicas que causam inflamação articular, como a artrite reumatoide, ou assimetria de membros. Ou seja, a artrose pode ser causada por diversos fatores.


Fatores de risco

Qualquer pessoa pode desenvolver artrose, mas existem alguns fatores que podem influenciar. Segundo a Dra. Tatiana Hasegawa, pessoas jovens podem ter artrose de mãos, pois já nascem com essa tendência pela genética; as pessoas que estão acima do peso ou que usam muito a articulação, podem desenvolver esse problema; e as pessoas de mais idade, pois já têm mais uso das articulações, principalmente dos pés, joelhos, quadril e coluna.


Como prevenir a artrose?

Se a pessoa já nasce com problemas na cartilagem, ou seja, se a artrose é hereditária, não é possível prevenir, mas cuidar para evitar que o quadro se agrave.

“Diferentemente da artrite reumatoide, a artrose tem uma maior chance de prevenção, por meio do controle precoce dos fatores de riscos mecânicos que favorecem o seu aparecimento, como evitar a obesidade, praticar exercícios físicos regulares sob supervisão e de forma correta e evitar posturas inadequadas, tanto no trabalho quanto nas demais atividades diárias”, aconselha a Dra. Ingrid Moss.


Tratamento para a artrose

Apesar de não ser uma doença de origem autoimune, pois a pessoa vai adquirindo com o passar do tempo, ela não tem cura. “A artrose é uma doença crônica que tem um curso muito variável de evolução, mas não podemos falar em cura do processo de degeneração articular”, explica a Dra. Ingrid Moss.

Por isso, os médicos costumam indicar medicamentos, como analgésico, anti-inflamatório, cartilagem e colágeno. “O tratamento compreende principalmente a estabilização da articulação envolvida com o controle dos fatores mecânicos de sobrecarga, como a redução de peso, a correção da postura no trabalho e o fortalecimento muscular por meio de fisioterapia e exercícios específicos”, acrescenta a médica.

Existem, também, tratamentos complementares que podem ajudar. “O pilates, a academia terapêutica, que é musculação dirigida para pacientes com problemas de artrose e de desgaste”, destaca a reumatologista Dra. Tatiana Molinas Hasegawa. Segundo ela, essas terapias visam alongar, fortalecer e melhorar o movimento da articulação atingida, para não permitir atrofiar mais.


Outras soluções contra a artrose

Quando o paciente não responde bem ao tratamento medicamentoso e complementar, pode ser necessário o uso de órteses, que são aparelhos usados para imobilizar a articulação por um tempo. Além disso, conforme explica a Dra. Tatiana Molinas Hasegawa, durante o período de tratamento, pode ser necessário uma consulta com um nutricionista, a fim de adequar a alimentação com menos comidas inflamatórias, como gorduras, industrializados, refrigerantes, entre outros.

Se mesmo com todos esses tratamentos não houver melhora, ainda pode ser usada a infiltração, “que é a aplicação de uma injeção dentro da articulação com anti-inflamatório, cartilagem e, em último caso, quando a junta está muito desgastada e inflamada, é a prótese”, acrescenta a médica


Convivendo bem com a doença

Seguindo o tratamento adequadamente é possível ter uma boa qualidade de vida. Mas, de acordo com a Dra. Tatiana Molinas Hasegawa, é importante ter em mente a necessidade de mudar de estilo de vida por causa da doença. “Se é um paciente sedentário, que não gosta de praticar atividades físicas, tentar adequar essa rotina; saber a hora de parar, se está fazendo alguma atividade, como limpar a casa, e já ficou muito em pé, deve-se parar, fazer aos poucos”, aconselha.

Ela também destaca a importância de manter o controle emocional. “A mente controla muitas coisas no organismo, entre elas, a dor e o enfrentamento da dor. É preciso nutrir a mente com boas ideias e sentimentos, além de procurar ajuda quando precisar, não se automedicar, saber o período certo de usar o medicamento, sem usar altas doses”, alerta.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais