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Procurador pede que população denuncie aliciamento de trabalhadores no Piauí

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O Ministério Público do Trabalho do Piauí (MPT-PI) vem pedindo apoio da população na comunicação de aliciamento de trabalhadores. Em entrevista ao Notícia da Manhã, o procurador-chefe do MPT, Edno Moura disse que a principal desafio é obter as informações no momento em que está sendo feito esse recrutamento.

“Nós continuamos com a dificuldade, com o desafio de obter essas informações no momento em que está sendo feito o aliciamento. Por isso que é muito importante e um grande desafio é que a população comunique ao Ministério Público do Trabalho para que nós possamos inclusive depois tentar verificar aqui se o local do destino, ou seja, as empresas em que eles vão trabalhar são empresas idôneas, têm as condições adequadas de trabalho e que não vão submete-los a uma exploração extrema como está sendo feita nesses casos”, diz o procurador-chefe.

De acordo com Edno Moura, a falta de ampliação entre os órgãos do trabalho nos municípios piauienses também é uma dificuldade que o MPT enfrenta.  

“Nós temos a primeira dificuldade que é a falta de uma capilaridade maior desses órgãos como o Ministério Público do Trabalho ou o próprio Ministério do Trabalho e Emprego nos municípios do estado do Piauí. Uma capilaridade que permitisse que a gente identificasse no momento do recrutamento, do aliciamento em que esses trabalhadores estão sendo ludibriado, enganados pudesse tomar alguma medida mais efetiva”, acrescenta.

O Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo informou ontem que resgatou 117 piauienses que prestavam serviços em usinas de álcool e produção de cana de açúcar em municípios de Minas Gerais e Goiás. Ao todo, a fiscalização encontrou 212 trabalhadores que haviam sido trancafiados para fins de trabalho escravo.

Segundo o procurador-chefe do MPT, o fornecimento de mão de obra piauiense para ser explorada em outros estados voltou com força e que a situação é preocupante.

“Infelizmente um grupo grande de trabalhadores foi resgatado em outro estado e infelizmente mostra que o fornecimento de mão de obra pelos para serem explorados como trabalhadores voltou com muita força aqui no Piauí. Nós estamos regressando a esse período em que os piauienses estão saindo, migrando, traficados e estão sendo submetidos a condição análogas de escravo, realmente um situação desesperadora e que causa muita preocupação aqui no âmbito do Ministério Público”, destaca Edno Moura.

 

Rebeca Lima
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