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Greve dos motoristas de ônibus chega ao fim após assinatura de acordo no TRT

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A greve no transporte coletivo de Teresina chegou ao fim. A decisão veio após uma audiência entre empresários de ônibus e motoristas na sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 22ª região,  agora há pouco. 

A reunião durou quase duas horas e os dois consórcios que faltavam, das zonas Sul e Sudeste, aceitaram as propostas apresentadas ontem (23) e a convenção coletiva da categoria foi assinada. 

A paralisação durou 12 dias e desde quinta-feira duas zonas voltaram a ter a circulação dos transportes coletivos. Hoje, com a assinatura da convenção, os dois consórcios restantes voltam a operar de forma gradativa e, segundo o advogado do Sintetro, até segunda (27) os ônibus terão voltado em sua totalidade as ruas. 

Acordo firmado no TRT

Ontem (23), os consórcios Urbanus (São Cristóvão/Santana/Cidade Verde) e Poty (Piauiense/Envipi e Transpremiun) acordaram pagar:

* Reajuste de 6% no salário dos motoristas e cobradores, dividido em duas vezes: pagam 3,5% em março e em junho pagam os 2,5%de reajuste. 
* Atualmente o salário do motorista é de R$ 2 mil. Com o reajuste terá um acréscimo de R$ 140;
* Tíquete alimentação passará de R$ 170 para R$ 350
* Plano de saúde de R$ 60 para R$ 80

Hoje, os consórcios Transcol – atende zona Sul, e Consórcio Theresina – Sudeste (Taguatur/Entracol/Transporte Teresina e Transfácil) aceitaram a proposta acordada ontem e resolveram assinar a convenção coletiva. Assim, toda a categoria tem a garantia do mesmo reajuste, independente dos consórcios.

“O acordo de ontem está sendo sucedido por uma convenção mais ampla. Isso decorre de uma convenção entre as partes. Chegaram a termos sociais e econômicos que serão lei entre as partes no decorrer desse ano. Conseguimos solucionar e já fica findado o movimento de imediato”, destacou o desembargador Tessio Torres após a assinatura da convenção coletiva.

A assistente jurídica do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Naiara Moraes ressaltou que para além da questão trabalhista foi importante colocar o ônibus imediatamente em circulação. Ela ressaltou que a prefeitura precisa cumprir o acordo de repassar mensalmente mais de R$ 3 milhões.  

“A gente comemora, agora vai haver um subsídio mensal de R$ 3,3 milhões. É o valor inicial e a prefeitura estar compreendendo que precisa equilibrar o sistema para gente não ter mais essas questões”, ressaltou Naiara Moraes. 

Com esse acordo, a advogada garante que o empresário do transporte coletivo vai ter a certeza de que vai contar com esses recursos, além da incrementação na frota. Na reunião houve o acordo de aumentar a frota. 

“Até agosto serão vinte ônibus a mais a cada mês. Então, é a sensação de que enfim a gente conseguiu encontrar uma resolução que atenda não só trabalhadores, mas que atenda a questão administrativa da relação contratual com o município de Teresina”, frisou Naiara Moraes.

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com 

Ônibus na zona Sudeste ainda serão normalizados 

O Consórcio Theresina que abrange cinco empresas ainda não voltou imediatamente como aconteceu com os demais consórcios após a assinatura da convenção coletiva. Segundo o presidente do Sintetro, Antonio Cardoso, os trabalhadores só voltam ao trabalho quando o pagamento cair na conta. 

“O presidente da Strans se prontificou para a gente ir na Prefeitura para liberar o dinheiro. Das cinco que tem no consórcio, apenas a empresa Santa Cruz pode operar porque está com o salário da categoria em dias. O salário das outras quatro, não. Estão há 55 dias sem o pagamento”, lamentou Cardoso.

As empresas que ainda não regularizaram o pagamento dos trabalhadores, até a publicação desse material, são a Entracol, Taguatur, Transporte Fácil e Transfácil, de acordo com o presidente do Sintetro. 

Sobre os reajuste que a categoria conseguiu na convenção, Cardoso diz que não era o que os motoristas e cobradores pretendiam, mas que diante da dificuldade que a categoria passou para conseguir assinar a convenção, já é um passo importante. 

“Sabíamos que uma hora a greve poderia ser considerada ilegal e tínhamos que olhar com segurança para situação par anão tomarmos mais prejuízo”, completou Antonio Cardoso. 

 

Flash Nataniel Lima
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