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Lucile rebate críticas e chama engenheiro de "precipitado"

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A presidente da Empresa de Gestão de Recursos e Pessoas, Lucile Moura, afirmou na manhã de hoje que o governo contratou uma empresa – Geo Projetos - para fazer a manutenção e a reforma da barragem Algodões I desde agosto de 2008. Porém, mesmo com o contrato assinado, a Emgerpi ainda não efetuou nenhum pagamento à empresa. Lucile rebateu também as informações dadas pelo professor da Ufpi sobre a manutenção da barragem.

O contrato custaria R$ 273.400 à Emgerpi. Desse total, 30% seria pago no ato da assinatura do contrato e o restante dividido em três parcelas: a primeira de 15% correspondente à etapa de estabilização da ombreira esquerda; mais 15% na estabilização do sangradouro; e 40% na recuperação e estabilização do muro direito.
 

Lucile garante que esse dinheiro não foi pago à empresa Geo Projetos. “O que será pago são os 30% da assinatura do contrato [ocorrida ainda em agosto de 2008]. Não pagaremos o restante porque desapareceu o objeto [a barragem]”, afirmou.

Retorno das famílias

Ela contou ainda que o laudo emitido pelo engenheiro especialista Luiz Hernane de Carvalho não custou nada ao governo e rebateu as críticas do professor da UFPI Manoel Coelho Soares Filho. Segundo ela, ele é mestre em Hidráulica e Saneamento e nunca construiu uma barragem. “Ele foi, no mínimo, precipitado”, rebateu. Luiz Hernane disse que faria o parecer gratuitamente em agradecimento aos vários serviços prestados ao estado do Piauí.
 
 
No laudo, segundo Lucile, Hernane pontuou que “em hipótese alguma a barragem corre o risco de estourar”. Lucile admitiu, então, que quem autorizou e coordenou o retorno foi o governo do Estado.
Ela disse que todas as famílias que tinham sido retiradas antes, teriam sido autorizadas a voltar. Menos 40 delas que  retornaram por conta própria para a região da barragem. Essas 40 haviam perdido  suas casas  ainda durante as chuvas.
 

“Mas essas, graças a Deus, conseguiram sair a tempo porque viram que nossos operários que trabalharam até as 14h, estavam deixando o local e também por conta dos alarmes dados por eles”. Até as 14 horas havia ainda 20 funcionários, inclusive um engenheiro identificado como Roberval, trabalhando na barragem. Eles começaram a ouvir os estouros e abandonaram a região.

“Não seríamos irresponsáveis e deixar 20 funcionários trabalhando em risco total de vida. A água que veio foi numa quantidade muito maior do que esperávamos”, contou.

Flash de Caroline Oliveira
Redação de Leilane Nunes
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