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Diagnóstico precoce do câncer de intestino é essencial para a cura da doença

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Foto: Freepik

 

O câncer do intestino, ou câncer colorretal, é o terceiro tipo de câncer mais frequente do país, perdendo apenas para o câncer de mama e de próstata. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), 265 pessoas foram internadas por dia em 2022 (maior número da década) e, apenas em 2021, foram registradas 19.924 mortes pela doença, um crescimento de 5% a cada ano desde 2012. Para os anos de 2023 e 2025 o Instituto Nacional do Câncer (Inca) projeta um total de mais de 45 mil novos casos desse tipo de câncer.

“Por ser um câncer muito relacionado com comportamento e hábitos de vida, tem apresentado incidência muito frequente. Alia-se a estes fatos, a dificuldade de acesso para exames preventivos, especialmente a colonoscopia e a resistência em procurar médicos quando a pessoa apresenta sintomas intestinais, especialmente os sangramentos anais”, afirma a médica proctologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maristela Almeida.

O médico proctologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Desiderio Kiss, explica que os principais fatores de risco para a incidência do câncer é ter uma alimentação pobre em fibras, como cereais, frutas e legumes, alto consumo de carne vermelha, de gorduras e alimentos processados e ultraprocessados. “Outros fatores como o sedentarismo, consumo excessivo de álcool, tabagismo e obesidade também são significativos.

Além disso, a presença desse tipo de câncer na família pode ser um fator de risco”, explica ele, ressaltando que é um câncer mais frequente após os 50 anos mas que tem acometido muitas pessoas mais jovens. Por isso, os médicos ressaltam a importância da realização da colonoscopia a partir dos 45 anos.

“É preciso ter em mente que a prevenção se faz quando não existe sintomas e a colonoscopia tem como objetivo detectar as lesões que são, na maioria das vezes, as precursoras do câncer, os chamados pólipos intestinais. Quando pequenos, esses pólipos não produzem sintomas e geralmente são benignos, mas à medida que crescem e não são retirados, podem se transformar em pólipos malignos. Uma vez retirados, essa progressão não acontece”, destaca Maristela, ressaltando que a periodicidade do exame pode depender do número e tipos de pólipos, pelos antecedentes familiares de câncer e pela presença de doenças que podem aumentar a predisposição a esse tipo de câncer.

Desiderio ainda lembra que é sempre necessário procurar um médico se há a presença de sintomas que podem ser relacionados ao câncer colorretal como o sangramento anal ou sangue nas fezes, anemia por deficiência de ferro em adultos, emagrecimento sem causa aparente, mudança do hábito intestinal por mais de 30 dias e cólicas abdominais.

“É claro que estes sintomas não são específicos, podendo ocorrer em numerosas outras eventualidades. A imprescindível procurar o médico que poderá, assim, solicitar a colonoscopia que é o principal método para detectar a possível causa desses sintomas. Quando mais breve for realizada, maior a probabilidade de diagnosticar o câncer mais precocemente. A chance de cura com um diagnóstico precoce pode ser de 90%”, afirma.

Os médicos ainda ressaltam que, em casos de diagnóstico tardio, ainda existem tratamentos adequados, mas que há a chance da doença se espalhar para outros órgãos (pelo desenvolvimento das metástases ou infiltração de órgãos e estruturas adjacentes), diminuindo as possibilidades de cura.

 

Da Redação
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