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Crea flagra problemas estruturais na sede do projeto Peixe-Boi no litoral

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Fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI) encontrou problemas na estrutura física da base onde funciona o projeto Peixe-Boi Marinho, localizado em Cajueiro da Praia, a 353 km de Teresina. O local é  administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade-ICMBio/APA Delta do Parnaíba.

A base onde funciona o projeto apresenta problemas na sua estrutura, por isso o ICMBio procurou o Crea e pediu que fosse realizada uma fiscalização no local para averiguar as condições estruturais.

O relatório realizado pelo Crea encontrou vários problemas, e apontou que a estrutura está comprometida, com risco de desabamento, destacando a necessidade de reforma do local.

“Eles já estavam preocupados com a estrutura então pediram que a gente visitasse o local. O que nós fizemos foi um relatório técnico, porque uma vistoria é muito mais complexa. Então, foi um relatório da situação apenas visualmente. Lá possui uma estrutura de suporte, tem o museu, anfiteatro e o escritório. Em boa parte da estrutura se usa madeira bem rústica, vimos alguns problemas nessas madeiras que fazem a sustentação da estrutura, encontramos algumas inconformidades e apontamos para eles que providências precisam ser adotadas. Nesse documento o que fazemos é um alerta, porque não foi uma análise mais aprofundada. Então os problemas encontrados foram principalmente em relação à situação da madeira que faz a sustentação e da estrutura”, explicou o presidente do Crea, Ulisses Filho.

Fotos: Ascom/Crea

Ele informou que os próprios administradores do local manifestaram preocupação com o local e até mesmo isolaram uma área para evitar que ocorra algum acidente, já que o local recebe bastante visitantes.

Agora o relatório realizado pelo Crea deve ser encaminhado para Brasília, onde funciona a sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que é gerido pelo Ministério do Meio Ambiente, visando conseguir recursos do governo federal para a realização da reforma.

“Eles informaram que vão pegar esse relatório e encaminhar para Brasília, para que possa ser realizada uma reforma e ser melhorada essa estrutura no local. Nós do Crea vamos acompanhar para saber se realmente vai ser realizada essa reforma, caso não seja realizada, vamos adotar providências, mas primeiro vamos apenas acompanhar”, destacou.

Reforma deve ser realizada

O analista ambiental e biólogo Bruno Vinícius da Silva, do ICMBio, informou ao Cidadeverde.com que a solicitação da reforma teve início há bastante tempo e até então não foi realizada, e que se demorar, corre o risco de interditar todos os prédios e inviabilizar o projeto na região.

Ele ainda destacou que já foram realizados os projetos arquitetônicos e hidráulicos para que seja realizada a reforma no local.

“Já temos os projetos prontos e finalizados e os orçamentos. Também existe um recurso no ICMBio para a realização da reforma, então a gente precisa fazer a licitação da obra, então ainda vai para o setor de licitações em Brasília. Esse é o primeiro passo. A gente também entrou em contato com o Governo do Piauí, com o secretário de Meio Ambiente, que são parceiros nossos e apresentamos a demanda. Somos geridos pelo governo federal, mas essa estrutura é de 2009 e foi feita pelo governo do Piauí, então também apresentamos essa demanda para eles. Hoje nossa situação requer urgência. A reforma deve ser iniciada para que nossas atividades não sejam integralmente paralisadas”, explicou.

Foto: Bruno Vinícius

Bruno Vinícius destacou que desde a pandemia o local não recebe mais visitantes devido à estrutura do local e que com a obra, um dos principais objetivos é trocar a estrutura de pedra e madeira, por alvenaria.

“A estrutura foi construída em madeira e pedra, não é alvenaria, então desde 2009 não teve nenhuma manutenção da estrutura, aqui tem uma influência forte da salinidade, então as estruturas estão muito comprometidas. Tem pedra caindo, viga caindo, alguns locais internos sem uso, interditados porque estava representando risco para quem estava trabalhando, antes tinha uso público, e hoje não tem mais porque as estruturas estão comprometidas. Então o projeto prevê um remodelamento da estrutura para não ser mais de pedra e madeira, para ser de alvenaria, para ter durabilidade maior, e hoje temos o museu que está fechado e que vai passar pela reforma, teremos um laboratório para manusear as amostras biológicas, e também um Centro de Convivência e um local administrativo”, informou o analista ambiental.

 

Bárbara Rodrigues 
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