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CPI será unificada com CE e SP e vai para o interior do Piauí, diz Franzé Silva

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Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Franzé Silva (PT), anunciou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)  que apura falhas na prestação de serviço prestado pela Equatorial Piauí, empresa responsável pelo fornecimento de energia, se estende também para a Planície Litorânea e o Extremo Sul, no interior do estado, e será unificada com  o Ceará e São Paulo. A criação da Comissão foi aprovada pelos parlamentares diante das inúmeras reclamações da população piauiense.

"Queremos uma empresa que ajude o Piauí a crescer, que dê estabilidade e proteção das pessoas que precisam de energia. Aqui, não queremos abrir um acirramento de ânimos. Queremos que a Equatorial saiba e ouça o povo do Piauí e nos aponte saída de investimentos. Essa situação não é somente no Piauí. O estado do Ceará acabou de instalar também uma Comissão Parlamentar de Inquérito, o estado de São Paulo também instalou e nós iremos unificar as três CPIs para que possamos ter capacidade de diálogo e conhecimento técnico compartilhado. Iremos compartilhar com o Ceará e com São Paulo, os técnicos que irão analisar o sistema energético, analisar tarifas, a capacidade de investimento de cada uma das empresas", anuncia Franzé Silva. 

Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

A CPI tm o prazo de 120 dias, prorrogável por até metade, mediante deliberação do plenário, para conclusão dos trabalhos. O parlamentar antecipa que um cronograma será definido após a Semana Santa. O deputado Nerinho (PT) foi o escolhido para ser o relator da CPI. 

"Estamos marcando a primeira reunião para ouvir o sindicato e, em seguida, iremos montar um cronograma de quem será ouvido e quais serão as ações específicas da Comissão que precisa agir, acima de tudo, com muita capacidade de diálogo e conhecimento técnico. Nós deputamos não temos esse conhecimento e iremos buscar assessoria e especialistas para que o Piauí possa ser representado na CPI de forma qualificada", destaca Franzé. 

O presidente da Alepi confirma que a investigação sobre a prestação do serviço de energia será levada também para a  Planície Litorânea e o Extremo Sul.

"Onde houver a necessidade de ouvir a população, a CPI se deslocará e não ficará fechada em quatro paredes. Queremos ouvir a população, ver o sentimento de angústia e sofrimento em cada recanto desse estado, aqui na Capital, para que possamos dialogar de forma aberta com a Equatorial. A empresa precisa dar respostas não à Assembleia Legislativa, mas ao povo piauiense", enfatiza Silva. 

O parlamentar cita ainda o reflexo da  qualidade do serviço prestado pela Equatorial Piauí na economia. 

"Cinco a seis dias sem energia, cidades inteiras sem resposta da Equatorial, pacientes crônicos que estão em leitos, idosos, pessoas com deficiência, pessoas que têm seu pequeno negócio e têm  prejuízos incalculáveis porque têm pouco estoque e perderam toda a mercadoria perecível estragada. Temos situações de indústrias que não conseguem se instalar no estado", cita o deputado. 

"Não queremos acirrar ânimos. Queremos  solução para o sofrimento do povo do Piauí, de Norte a Sul, atingindo pessoas física e jurídica. Queremos abrir um diálogo franco e sincero em relação às queixas que temos recebidos e dizer que essa Casa é uma ressonância da população piauiense. Não poderíamos, de forma nenhuma, ficarmos inertes a tanta reclamação, a tanta falta de resposta dessa empresa em uma área tão importante que é o fornecimento de energia", concluiu Franzé Silva. 

Equatorial vai contribuir com a CPI

Ao Cidadeverde.com, o diretor-presidente da Equatorial Piauí, Hélio Reinaldo Rafael Filho demonstrou surpresa com a instauração CPI e disse que a empresa vai colaborar com a investigação. 

"Sou o novo diretor-presidente e estou buscando todas às autoridades e empresas que trabalham conosco. Para mim foi uma surpresa chegar ao Piauí e me deparar com uma CPI. Entendo à importância desse mecanismo e coloco a empresa totalmente à disposição para responder todo e qualquer questionamento em busca de uma solução para a melhoria do serviço da Equatorial no Piauí”, afirmou Filho. 


Graciane Araújo
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