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Treze dias após mensagem de ameaça, escola de Picos segue funcionando com tranquilidade

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Foto: Paula Monize - Cidadeverde.com/picos

Treze dias após o aparecimento de uma mensagem em tom de ameaça na Escola estadual Desembargador Vidal de Freitas, localizada no bairro Bomba, em Picos, a comunidade educativa segue em atividade e de forma tranquila. 

O Cidadeverde.com/picos contatou a diretora da escola, Maria da Cruz Cardoso. A mesma relatou que diversas ações foram adotadas e, que no momento, aguarda-se um posicionamento da Secretaria de Estado da Educação .

"O clima na escola é de tranquilidade. Mas quando a mensagem surgiu ficamos bastante assustados, acionamos a Polícia que ainda está investigando o fato. Realizamos uma reunião com os pais dos alunos, comunicamos a situação e fizemos o alerta. Essas mensagens de ameaça acabam assustando quando se trata de algo distante, imagine quando ocorre dentro da escola. A Seduc também está adotando ações e estamos aguardando posicionamento", informou a diretora.

Maria da Cruz Cardoso ressaltou que a escola conta com vigilantes/ seguranças particulares para coibir qualquer tipo de ato ilícito. A escola estadual tem se empenhado em garantir segurança para alunos e profissionais que atuam.

Relembre o caso

O bilhete manuscrito em uma carteira escolar faz menção a um massacre que supostamente seria realizado na Escola Desembargador Vidal de Freitas.

O autor da mensagem descreve detalhes de como será este dia [massacre] e alerta que zombadores estão sendo observados. Segundo o conteúdo do bilhete "cada um aqui irá pagar o preço. Levem a sério! Não brinque..."

O fato repercutiu nas redes sociais virtuais e chegou até a Delegacia Regional de Polícia Civil de Picos que apura o caso, buscando chegar até sua autoria que até a redação dessa matéria não foi identificada.

Estado adota ações para apurar mensagens de ameaças 

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) estão cientes das informações que circulam nas redes sociais e tomando as seguintes providências: 

 
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Crimes Virtuais, está investigando as mensagens que circulam nas redes sociais;
 
A Companhia Independente de Policiamento Escolar – CIPE intensificou as rondas no entorno e nas escolas da rede, além de realizar palestras com orientações para professores e estudantes;
 
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) orientou que todas as escolas registrem Boletins de Ocorrência sobre possíveis ameaças e/ou outras situações de violência;
 
A Seduc convocou 54 novos psicólogos e assistentes sociais para compor as equipes multiprofissionais, que estão atuando na prevenção da violência e nas questões relacionais às competências socioemocionais nas escolas;
 
A Seduc orientou todas as escolas a trabalhar o tema de bullying e violência por meio do Projeto Semana Presente, que acontece de 10 a 14 de abril em todas as unidades de ensino;
 
A Seduc realiza desde 2020 o Projeto Estudar Pode Ser Leve, por meio do Canal Educação. A ação tem como objetivo a realização de palestras, rodas de conversas e atividades didático-pedagógicas envolvendo estudantes, professores e profissionais de diversas áreas que trabalham diretamente com as competências socioemocionais. O programa é transmitido semanalmente em dois momentos. 
 
A Seduc e SSP criaram um Grupo de Trabalho para articulação de uma rede protetiva para as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, além da criação de um Plano para fomentar a Cultura de Paz nas Escolas.
 
Além disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil, criou um canal exclusivo para recebimento de informações de casos suspeitos de ataques a instituições de ensino. As denúncias estão sendo recebidas por meio de formulário disponível no endereço: www.mj.gov.br/escolasegura. Todos os conteúdos enviados serão mantidos sob sigilo. A pasta deve investir R$ 150 milhões no apoio às rondas escolares e ações similares.
 
Paula Monize
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