A miss Rio Grande do Sul 2009, Bruna Felisberto, 22, pretende processar um cirurgião plástico que operou seu nariz, de acordo com a revista "Piauí" deste mês.
Bruna Gabriele Felisberto, Miss Rio Grande do Sul 2009, em fotos feitas antes (à esq.) e depois de cirurgia (à dir.) |
De acordo com a miss, ela deixou de frequentar as listas de favoritas ao título após a primeira rinoplastia com Heller. Deprimida, Bruna virou uma pessoa reclusa. "Meu reinado de um ano como miss Rio Grande do Sul foi dentro de casa", relatou à revista.
Heller chegou a realizar um reparo após a primeira cirurgia: em setembro do ano passado, ele operou pela segunda vez a modelo. No entanto, Bruna levou um susto ao perceber que seu nariz havia diminuído ainda mais após a nova intervenção.
O concurso Miss Rio Grande do Sul é coordenado por Evandro Hazzy, que defende as intervenções cirúrgicas como forma de aperfeiçoar a aparência das misses. Seguindo essa orientação, seis candidatas gaúchas levaram o título nacional nos últimos dez anos, e o Estado fortaleceu sua tradição em concursos de beleza. Durante a reportagem, o missólogo fez uma observação a respeito de uma jovem: "Essa é linda, mas eu demolia e transformava num monumento".
Bruna, que também passou por uma lipoaspiração, disse não ter sido avisada de que o cirurgião utilizaria a gordura retirada da cintura em outro procedimento, que ergueu as maçãs do rosto e a deixou com bochechas maiores. A prótese de silicone de 325 mL em cada seio também se revelou incômoda.
Antes do concurso, ela recorreu a outro cirurgião, que devolveu parte do volume ao nariz da modelo e trocou a prótese de silicone por uma menor, de 180 mL.
A modelo recuperou parte da autoestima durante a concentração para o Miss Brasil, em São Paulo, quando se entrosou com as demais candidatas ao título: "Não sei se foi por delicadeza, mas ninguém tocou no assunto do meu nariz", contou à "Piauí" a respeito das concorrentes.
O cirurgião Nelson Heller afirmou à revista que o tipo de pele de Bruna dificulta o trabalho na mesa de operação. "Como ela tem uma origem de índio, de negro junto, a pele dela é dura, grossa, difícil de trabalhar."
Evandro Hazzy disse à "Piauí" que aprovou as plásticas de Heller: "A derrota no Miss Brasil não foi por causa de um nariz, não existe isso", afirmou. "Tem várias pessoas que olham o nariz dela e acham que ficou lindo, outros que batem numa tecla de que ficou pequeno, com uma marca em cima. Mas isso é porque tentam nos agredir, agredir as gaúchas. Eu acho que ficou bem harmônico."
O concurso Miss Brasil deste ano foi vencido pela candidata do Rio Grande do Norte, Larissa Costa Silva de Oliveira, 25, que quebrou um jejum de 20 anos do Nordeste na disputa. Ela defenderá o país no Miss Universo no dia 23 de agosto --o concurso ocorre nas Bahamas, com transmissão pela Band. A miss potiguar disse à Folha Online ter feito apenas uma cirurgia: colocou 215 mL de silicone em cada seio.