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Comer de 3 em 3 horas ajuda a emagrecer? Nutricionista explica

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Foto: Freepik

 

Uma alimentação saudável é essencial para que o organismo humano funcione de maneira plena, pois sem ela diversos problemas de saúde podem começar a surgir. Para fins de emagrecimento, por exemplo, ingerir alimentos balanceados é indispensável. E nesse contexto muito se fala sobre comer de 3 em 3 horas, que pode ajudar no emagrecer, além de trazer benefícios para o corpo. 

De acordo com a nutricionista Camila Raymundo Farias, realizar as refeições intervaladas a cada 3 horas pode ser uma boa estratégia para quem se encontra em um processo de reeducação alimentar: a ideia é aprender a fazer melhores escolhas quanto aos alimentos.  

“Existe um referencial para ser seguido no que é mais saudável, e isso pode ajudar em certo momento. Porém, a longo prazo, o correto é que a pessoa tenha um controle da sua própria saciedade e realize as refeições quando o próprio organismo sinalizar essa necessidade. Desse modo, é possível evitar o consumo de alimentos em maior quantidade do que seria o ideal”, afirma. 

Farias ressalta que a prática de comer de forma mais fracionada, de 3 em 3 horas, pode ajudar a não exagerar nesse consumo. Mas, a composição nutricional da refeição, o modo como é saboreada, o apetite e a composição corporal do indivíduo são fatores que interferem na sensação de saciedade, sendo benéficos principalmente no controle da ingestão de alimentos que podem não ser adequados à saúde se consumidos em excesso. 

Em termos nutricionais, a prática faz com que os níveis de glicose e insulina no organismo se estabilizem, além de outros efeitos metabólicos que proporcionam a queima de gordura acumulada. “O consumo de alimentos ricos em proteínas, como carnes, feijões e leite, juntamente a gorduras de boa qualidade nutricional, como azeite e castanhas, estimulam a produção de serotonina, hormônio que causa um aumento de saciedade, favorecendo o emagrecimento”, explica a especialista. 

Mas caso a pessoa não tenha fome na hora em que deveria comer, Farias afirma que não é necessário insistir. “O que deve ser feito é a pessoa sempre levar em conta os sinais de fome e saciedade do organismo. O que ingerimos a mais, sem que haja a real necessidade para satisfazer as demandas do corpo, pode gerar um superávit calórico, não sendo algo eficaz quando pensamos em emagrecimento”, pontua. 


Quantas refeições devemos fazer por dia? 

Segundo a nutricionista Isabella Aparecida, para uma boa e equilibrada nutrição do organismo, que atenda às necessidades fisiológicas nutricionais, é recomendado realizar de quatro a seis refeições por dia compostas por três refeições principais: café da manhã, almoço e jantar.  

“E aí entram três lanches intermediários, sendo lanche da manhã, tarde e ceia, podendo ser organizados de acordo com as necessidades fisiológicas e sociais de cada pessoa e até acrescentando mais refeições, como pré-treino e pós-treino para aqueles que praticam atividades físicas”, exemplifica. 

“Além de realizar as refeições é interessante pensar nas experiências que cada uma pode fornecer, o corpo de cada indivíduo possui suas próprias necessidades nutricionais, então é importante que seja uma alimentação considerada completa e que integre a rotina de maneira individualizada”, aponta a nutrocionista. 

Da mesma forma que não se deve sentir a vontade de beber água, o que pode indicar o início da desidratação, no caso da alimentação não é muito diferente. “Se faz necessária a periodicidade, assim como no consumo de água, porém correlacionada com os sintomas de fome e saciedade do organismo. Tudo vai depender de cada indivíduo. Muitas vezes não será ideal passar longos períodos em jejum, mas é de suma importância encontrar um meio termo em que a pessoa aprenda a ouvir os sinais de fome fisiológica e promovaa a manutenção da saciedade de maneira suficiente”, comenta Isabella.  

Urbano finaliza dizendo que é importante diferenciar a fome fisiológica da vontade de comer. “Assim como uma pessoa pode comer e continuar sentindo fome, outra pode demorar um pouco mais para sentir. É importante também conseguir diferenciar a fome fisiológica da vontade de comer, da sede, da questão emocional, ou então ficar atenta as tarefas do dia a dia que podem atuar inibindo os estímulos de fome através das distrações".

 


Da Redação
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