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Burnout: mitos e verdades sobre a síndrome do esgotamento profissional

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Foto: Freepik



Cansaço físico e mental, desânimo ao levantar de manhã para trabalhar, tristeza ou ansiedade e taquicardia, podem ser sintomas de burnout. A síndrome do esgotamento profissional, em janeiro desse ano, completou um ano que foi incorporada à lista das doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A especialista em carreira Patricia Agopian explica abaixo alguns mitos e verdades sobre o burnout:


- Existe prevenção contra a doença.

VERDADE! “Ficar atento aos primeiros sinais de cansaço e desacelerar logo que perceber um desânimo associado ao trabalho. Procurar atividades prazerosas após a jornada de trabalho, fazer atividades físicas com regularidade. Sempre que sentir que os prazos estão apertados e o volume de trabalho está grande, alinhar com seu gestor novos prazos e a prioridade nas entregas.

É fundamental olhar para o seu trabalho com olhar de resultado. E perceber a importância disso para sua área, para empresa ou até para uma área vizinha. Assim a pessoa consegue separar o que realmente precisa ser feito, daquilo que está drenando sua energia, sua saúde”, diz Patricia.


- O trabalho em excesso pode desencadear um burnout.

VERDADE! “Trabalhar em excesso, muitas vezes causa exaustão mental e física. E se isso virar uma rotina, logo você estará insatisfeito e desanimado e poderá desenvolver um burnout. É importante olhar para o trabalho e respeitar aquilo que é necessário, mas o tempo que estiver no trabalho, fique 100% dedicado às suas tarefas, assim você aumenta sua produtividade.

E vai perceber que ao terminar o dia, realizou muita coisa e isso vai te dar energia para continuar no dia seguinte.  Olhar para o que a gente produz e não só para aquilo que está faltando.  E quando chegar o fim de semana, aprenda a se respeitar, descanse, curta a família e os amigos, isso vai ser bom para começar uma  segunda-feira mais leve. Será bom para você e para o seu trabalho”, pontua a especialista.


- A demissão é a solução para a melhora do Burnout.

MITO! “Pequenos ajustes na rotina de trabalho podem ajudar a melhorar o seu dia a dia na empresa, sem que seja necessário um desligamento. O profissional precisa aprender a diferença de simplesmente fazer o seu trabalho e esperarem uma troca financeira ou trabalhar muito e esperar que alguém reconheça, chamo isso de carreira de esperança. Nenhuma empresa contratou a vida de ninguém, as pessoas entregam a vida por não conhecerem o caminho para uma entrega positiva, colaborativa e que leva a empresa para resultados superiores. É isso que eu ensino todos os dias em meu curso”, comenta.


- Um bom gestor pode evitar um burnout.

VERDADE! “O gestor pode fazer seus colaboradores entregarem resultados consistentes e crescentes, sem trabalhar em excesso, reconhecendo e valorizando cada entrega. Quando os colaboradores entendem que são parte de algo maior e aí nasce um orgulho de pertencer. O adoecimento vem de uma cultura que promove a ameaça e o medo da demissão”, finaliza.


Tratamento

O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). O tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso.


Prevenção

A melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout são estratégicas que diminuam o estresse e a pressão no trabalho. Condutas saudáveis evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas logo no início.

 

 

Da Redação com informações do Ministério da Saúde 
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