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Telegram envia mensagens a usuários contra PL das Fake News e fala em censura

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Foto: Arquivo/Cidadeverde.com 

O aplicativo Telegram enviou uma mensagem a seus usuários nesta terça-feira (9) contra o PL 2630, que ficou conhecido como PL das Fake News e está em tramitação na Câmara dos Deputados. A empresa afirma que "o Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão".

Segundo o Telegram, o projeto daria ao governo 'poderes de censura sem supervisão judicial prévia'. A empresa estimula os usuários a entrarem em contato com deputados.

Em abril o projeto de lei, que está em tramitação desde 2020 na Casa, ganhou status de urgência, e seria votado na última semana. A votação foi adiada diante da possibilidade concreta de que ele fosse rejeitado. Além do desembarque de parlamentares de partidos que inicialmente haviam votado a favor da urgência, pesou também a ofensiva das big techs contra a proposta.

Em texto, a empresa diz que "a democracia está sob ataque no Brasil" e diz que a Câmara deve votar o projeto em breve. Na sequência critica a alteração do texto, que teve novos artigos incluídos.

"Veja como esse projeto de lei matará a internet moderna se for aprovado com a redação atual. Caso seja aprovado, empresas como o Telegram podem ter que deixar de prestar serviços no Brasil", diz a nota.

"Esse projeto de lei permite que o governo limite o que pode ser dito online ao forçar os aplicativos a removerem proativamente fatos ou opiniões que ele considera "inaceitáveis" [1] e suspenda qualquer serviço de internet ? sem uma ordem judicial. [2]", diz a empresa.

Na véspera da votação, o Google também fez ofensiva contra o projeto. Quem abria o site de pesquisas na última segunda-feira (1º) se deparava com um link abaixo da caixa de busca, com os dizeres: "O PL das fake news pode piorar sua internet".

Em reação, o governo Lula (PT) acionou o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Secretaria Nacional do Consumidor contra o Google. O ministro Alexandre de Moraes convocou os presidentes das empresas para depor na PF e incluiu a ofensiva do Google contra o PL 2630 no inquérito das fake news.

 

Fonte: Folhapress/Renata Galf

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