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Demora ainda é o maior desafio enfrentado no processo de adoção

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No Dia Nacional da Adoção o Cria (Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção), em parceria com o Governo do Estado e a Primeira Vara da Infância de Juventude, realizou mobilização no Centro de Teresina para chamar a atenção da sociedade sobre o tema. 

Hoje, cerca de 30 crianças e adolescentes estão abrigadas no Lar da Crianca Maria João de Deus, à espera de uma oportunidade de convívio familiar. São crianças que estão disponíveis para adoção e outros que estão aguardando uma definição da Justiça quanto ao seu processo.

Francimelia Nogueira, coordenadora do Cria, explica que a maior dificuldade enfrentada pelas famílias que buscam a adoção é o tempo necessário para andamento do processo. "As pessoas costumam ter pressa, mas esse tempo é necessário para que as famílias interessadas em adotar um filho possam pensar melhor sobre sua decisão. Cada fase do processo tem esse objetivo de escutar os futuros pais e fazer com que eles pensem bem no passo que estão prestes a dar", explica. 

No entanto, a coordenadora chama atenção para a necessidade de mais profissionais e  equipes atuando no processo de adoção, para que essa demora não gere traumas em famílias e nos adotantes 

As crianças que estão no abrigo à espera de uma família enfrentam um outro desafio. "As crianças, sobretudo as maiores, costumam ver os menores entrarem e saírem do abrigo com novas famílias e isso gera nelas uma certa angústia sobre o seu destino, sobre quando vai chegar a sua vez de ganhar um lar. Isso mexe com autoestima dessas crianças e precisamos estar atentos a isso", pontua Francimelia. 

Governo aumenta valor da bolsa paga para o projeto família acolhedadora

A primeira-dama do Piauí, Isabel Fonteles, participou da ação e explicou que o Governo do Estado está atuando neste contexto por meio do Programa Pacto pelas Crianças do Piauí, que foi lançado em abril e prevê ações transversais na área da saúde, educação e assistência social. 

Na assistência social a prioridade é a reforma e ampliação do Mar da Criança Maria João de Deus. "Embora saíbamos que as crianças precisam viver num lar digno nos sabemos, também, que o melhor local para elas não é o abrigo, mas sim viver num ambiente familiar, quer seja ele num ambiente de família acolhedora ou uma família adotiva. 

"Neste sentido, nós aumentamos o valor da bolsa paga às famílias acolhedoras, que era de R$ 600 e agora reajustamos para R$ 1000,00. Além disso, vamos investir outros R$ 900,00 na formação de equipes multidisciplinares para acompanhar estás famílias", disse a primeira-dama, Isabel Fonteles, coordenadora do Projeto Pacto pelas Crianças.

O Lar da Criança Maria João de Deus está funcionando em sede provisória, enquanto a o prédio localizado na Vila Operária passa por reforma. "Na semana passada tivemos com o secretário de infraestrutura, Flávio Nogueira Júnior, na sede do abrigo para apresentar as demandas e entregar a planta baixa da instituição, explicou a primeira-dama. Agora a secretaria vai realizar todo o levantamento das necessidades, fazer o cronograma da obra e realizar as licitações necessárias", finalizou Isabel Fonteles. 

 

Adriana Magalhães
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