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Estudante de medicina salva cadela com sinais de envenenamento

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Uma cadela foi salva por um estudante de medicina na Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) nesta quarta-feira (31). O animal, apelidado de Pandora pelos funcionários e frequentadores do local, apresentava sinais de envenenamento quando foi resgatado por Cláudio Bastos, que estava concluindo seu expediente acadêmico na unidade de saúde. 

“Já estávamos saindo quando nos deparamos com funcionários da instituição alarmados pois Pandora estava convulsionando. Voltei ao interior na maternidade, calcei as luvas e iniciei os primeiros socorros. Inseri a mão nas vias aéreas dela, para verificar se ela estava engasgada. A traquéia está livre. Então tudo apontava para envenenamento", explica o estudante.

O acadêmico então decidiu ministrar carvão ativado para tentar salvar a vida da cadela. "O carvão ativado inativa vários tipos de veneno. Uma senhora, que estava acompanhando uma parturiente, foi até a farmácia e trouxe os comprimidos. Em meia hora Pandora já estava dando sinais de melhora", disse o jovem aliviado. 

Para garantir que a mascote estava bem, uma enfermeira da instituição levou a cadela ao veterinário. Lá foram feitos exames complementares e outros cuidados como aplicação de vacina e vermífugos. "A Pandora passou a noite em observação e está bem. Ela sobreviveu e agora vai ter uma vida mais digna", diz aliviado.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Pandora além de uma nova chance de vida ganhou também um lar. "Uma outra profissional aqui da maternidade resolveu adotar Pandora. A mãe dessa colegas enfermeira tem um sítio, onde ela já cria outros animais, e Pandora vai ser levada para esse sítio", disse o acadêmico.

O estudante Cláudio Bastos buscou ajuda na Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí.  "Fomos até a delegacia e registramos boletim de ocorrência, porque envenenar  um animal é crime", destaca o acadêmico. 

Segundo a acadêmica, Pandora já vive há muito tempo na Evangelina Rosa. "Ela não é um animal de rua. Aqui ela tem o cantinho dela. E as pessoas trazem ração e colocam água para ela. Não sei dizer há quanto tempo ela vive aqui, mas acredito que há muitos anos", explicou. 

Agora os estudantes esperam que os culpados sejam identificados.

"Espero que logo eles identifiquem quem fez essa maldade", finalizou Cláudio Bastos.

 

Adriana Magalhães
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