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Família de estudante morta na UFPI enfrenta dificuldades financeiras

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A família da estudante Janaina Bezerra da Silva, assassinada em janeiro deste ano em uma sala da Universidade Federal do Piauí (UFPI), enfrenta dificuldades financeiras. 

Em entrevista no quadro CV Comunidade, com Laércio Andrade, os pais da estudante, Maria do Socorro Nunes e Adão Bezerra do Nascimento, destacaram que estão sem trabalhar nos últimos meses e acumulam dívidas. 

"Estamos sem trabalhar. Toda vez que eu pego um serviço preciso parar para vir aqui em casa resolver alguma coisa, receber uma pessoa", disse o pai de Janaina, que é mecânico.

Maria do Socorro diz que a família sempre viveu com pouco, mas que nunca tinha faltado dinheiro e alimentos, como tem acontecido agora. Bastante emocionada a mãe de Janaina disse que não consegue trabalhar.

"Aqui nunca faltou dinheiro e comida, porque trabalhávamos para conseguir manter nossa família. Ele[referindo-se ao pai], sempre fez os trabalhos dele, por conta própria e eu trabalhava vendendo as coisas que ela fazia, trabalhava caminhando por ai. Mas não temos mais cabeça para nada", desabafou a mãe.

A família está recebendo doações, de toda natureza, e disponibilizou uma chave PIX. 

Chave PIX para doações: (86) 99415-7434 (Maria do Socorro Nunes Silva)

Foto: Reprodução / Redes Sociais

O sonho de fazer um quarto para as filhas

Maria do Socorro diz que realizou o sonho de fazer um quarto para as filhas, mas lamenta que Janaina não esteja aqui para ver o que a família construiu.

"O que eu não fiz por Janaina, porque não pude fazer, vou fazer pelas irmãs dela que estão aqui comigo. Minha filha não vi nada disso", diz a mãe mostrando a obra realizada na casa com ajuda de doadores.

Já são quatro meses desde a morte da estudante e a família diz que a dor ainda é igual. "Já tem quatro meses, mas para nós é a mesma dor. Eu não consigo dormir, passo a noite 'bolando'. Não aguento olhar para o quarto e não ver minha filha ali", disse a mãe.

Adão Bezerra diz que busca se ocupar para esquecer que a filha partiu. "Eu saio, busco uma ocupação, tento ocupar a cabeça, mas quando eu volto para cá não consigo parar de pensar nela e em tudo que aconteceu. De noite é ainda mais difícil", desabafa o pai da estudante.

 

Adriana Magalhães 
[email protected]

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