A falta de acessibilidade no transporte público é a principal barreira para que as pessoas com deficiência exerçam a cidadania. O alerta é do secretário de Estado para Inclusão da Pessoa com Deficiência, Mauro Eduardo. 

Segundo o gestor, a legislação brasileira de proteção à pessoa com deficiência é ampla e garante acessibilidade, mas ainda é possível avançar nas conquistas. 

"Nós já avançamos bastante, mas ainda há muito o que avançar. A política de inclusão da pessoa com deficiência é uma política que a cada dia precisa de aperfeiçoamento", explicou o secretário..

Uma outra barreira a ser transposta é a questão da acessibilidade atitudinal. "Ainda falta a questão da acessibilidade atitudinal, o respeito ao direito das pessoas com deficiência”, enfatizou o secretário. 

A acessibilidade atitudinal diz respeito às ações que os cidadãos tomam enquanto indivíduos para diminuir as barreiras entre as pessoas com deficiência e sem deficiência.

Mauro Eduardo conversou com o Cidadeverde.com durante a quarta edição do Cidade Inclusiva que acontece até sábado (17), no CETI Governador Dirceu Mendes Arcoverde (Colégio da Policia Militar), na zona Leste de Teresina.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

Esta é a última edição do evento na capital, que disponibiliza mais de 50 serviços para a população. A partir de agosto, o Cidade Inclusiva avança para o interior do estado. A primeira parada será em Picos. 

Segundo o secretário Mauro Eduardo, os serviços ofertados vão desde a vacinação bivalente, contra a Covid-19, até informações sobre o programa Minha Casa, Minha Vida. "Os serviços são voltados pra toda a população. Aqui contamos com mais de cinquenta parceiros, teremos até amanhã expedição de RG Digital, carteira do autista, passe de estacionamento e orientações de saúde com vários parceiros", explicou Mauro Eduardo. 

Nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (16) o fluxo de pessoas já era grande no local. O atendimento ao público acontece de 8h às 12h, nos dois dias de evento. 

A dona de casa Dorivânia Sales buscou o evento para tirar a carteira de passe livre para seu filho, que tem 27 anos e está dentro do espectro autista. "Vim aqui hoje tirar a carteira, mas faltaram documentos, amanhã eu volto com o laudo e o meu filho, para que ele possa utilizar outros serviços, também", explicou a dona de casa. 

No balcão da Secretaria de Assistência e Direitos Humanos (SASC), está disponível os serviços do Projeto Cidadania Ativa." Trouxemos a oficina da beleza pra elevar a autoestima das mulheres, aqui temos disponível corte de cabelo, limpeza de pele e penteado afro", explicou Helena Carvalho, supervisora do projeto Cidadania Ativa. 

Adriana Magalhães
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