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Chalé onde casal foi encontrado morto não tinha alvará e registro de hospedagem

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Foto: Reprodução / Redes Sociais

O chalé onde o casal de turistas do interior de São Paulo foi encontrado morto, no distrito de Monte Verde, em Camanducaia, Minas Gerais, não tinha alvará de funcionamento, segundo a prefeitura do município. O estabelecimento também não estava cadastrado como meio de hospedagem no Ministério do Turismo, segundo a Agência de Desenvolvimento de Monte Verde (Mobe), funcionando como casa de aluguel.

Walther Reis Cleto Júnior, de 51 anos, e Alessandra Aparecida Campos Reis Cleto, de 49, eram moradores de São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Eles tinham chegado ao chalé Aroma de Jasmim, em Monte Verde, na tarde de sexta-feira, 23, e deveriam passar o fim de semana no local. De acordo com o proprietário, eles foram vistos pela última vez no fim da tarde, quando receberam um saco com lenha para a lareira do chalé.

No dia seguinte, os dois foram encontrados mortos no interior do chalé. Os corpos não tinham sinais de violência. A suspeita levantada por familiares é de que tenham sido intoxicados pelo monóxido de carbono, um gás tóxico que se forma a partir da queima de madeira e carvão.

Conforme a agência, todo meio de hospedagem precisa ter laudo do Corpo de Bombeiros, autorização da Vigilância Sanitária, inscrição municipal e alvará de funcionamento. Já as casas de aluguel, como era o caso do chalé Aroma de Jasmim, não possuem essas exigências e, por não serem regulamentadas, não são submetidas à fiscalização.

A prefeitura de Camanducaia informou que o distrito de Monte Verde possui mais de 7 mil leitos de hospedagem, sendo que cerca de 95% têm sistema de aquecimento e lareira. "Nunca houve nenhum caso do tipo. Vale ressaltar que o local em que o casal se hospedou não possui alvará de funcionamento e não seguia as regras dos meios de hospedagem regulares", disse, em nota.

O município disse que intensificou a fiscalização e colabora com as investigações. O dono do chalé foi ouvido nesta segunda-feira, 26, pela Polícia Civil, mas o conteúdo de seu depoimento não foi divulgado. Procurado, ele não falou com a reportagem.

Walter era motorista particular e sua mulher trabalhava como corretora de imóveis. O casal, que deixou três filhas, foi sepultado na manhã desta segunda, em São José dos Campos.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

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