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Dois candidatos disputam a eleição suplementar em São Lourenço do Piauí

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Fonte: Google Maps

Dois nomes disputam a prefeitura de São Lourenço do Piauí (  550 km de Teresina) na eleição suplementar que será realizada no próximo dia 6 de agosto. Dr. Thiago Santana (PSD) e Mundola Marques (PT) apresentaram pedido de registro de candidatura ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI). O prazo para o pedido de candidatura encerrou na última quinta-feira (06).

A eleição para escolha de prefeito e vice-prefeito acontece após a cassação do então prefeito, Biraci Damasceno Ribeiro (PSD), e o vice, Valdeci Paes de Castro (PSB),  pelo Tribunal Superior Eleitoral, em abril.

Thiago Damasceno Ribeiro Santana é advogado, tem 34 anos, e representa a coligação São Lourenço em Boas mãos, que reúne PSD e Progressistas. Dr. Thiago representa o grupo político de seu tio, e prefeito cassado do município, Biraci Damasceno Ribeiro. O candidato  disputa a eleição ao lado de Wallacy Rangel de Oliveira Paes Damasceno (Neném), que ocupa a vaga de vice-prefeito, na chapa.

Raimundo Nonato de Sousa Marques (Mundola) tem 46 anos e representa a Federação Brasil da Esperança, que reúne o PT, PCdoB e PV. Marcelo Ribeiro de Oliveira (Marcelinho), ocupa a vaga de vice-prefeito na chapa. 

 

Mundola já foi vereador por três  mandato, à época era filiado ao PROS . Em 2020, já filiado ao PT disputou a eleição na vaga de vice-prefeito, mas sua chapa não foi eleita.

Os dois candidatos aguardam a homologação de suas candidaturas pelo TRE/PI.

No dia 11 de abril, deste ano, o então prefeito de São Lourenço do Piauí, Biraci Damasceno Ribeiro (PSD), e o vice, Valdeci Paes de Castro (PSB), foram cassados, por unanimidade, pelo Tribunal Superior Eleitoral após denúncia de compra de votos na eleição de 2020.

Atualmente o município é administrado pelo presidente da Câmara, Iran Damasceno Ribeiro (PSD), que é irmão do prefeito cassado.

Entenda o caso

A coligação A Vitória é do Povo e a candidata Michelle de Oliveira Cruz ajuizaram, respectivamente, uma representação e uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime), nas quais acusaram a chapa vencedora na eleição de 2020 de oferecer dinheiro e outras vantagens em troca do apoio do eleitorado. Para subsidiar as alegações, as recorrentes afirmaram que tanto Biraci Ribeiro quanto Valdeci de Castro assumiram as irregularidades praticadas no último pleito municipal.

Segundo a denúncia, em entrevista concedida à Rádio Serra da Capivara em 18 de novembro de 2020, o prefeito teria admitido que praticou boca de urna na data da votação.

Também foram apresentados pela coligação e pela candidata adversária dois áudios captados em local público em que o vice-prefeito reconhece que a oferta de benefícios a eleitores foi determinante para garantir a vitória nas urnas.

Quando o caso foi julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Piauí, a cassação foi negada, mas a ex-candidata ingressou com um recurso no TSE.

O TSE reformulou a decisão do TRE/PI, pois entendeu que não havia dúvidas sobre o valor de R$ 2 mil, citados em gravações ambientais e em depoimentos prestados por testemunhas, que seria o valor acertado pelos políticos em troca de apoio dos eleitores.

 

Adriana Magalhães
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