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Piauí tem o maior indicador de deficiência visual do país, revela IBGE

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 Foto: Ascom/APAE Anápolis

Cerca de 4,6% da população do Piauí de dois de idade anos ou mais possuía diagnóstico de deficiência visual em 2022 e apresentava dificuldade para enxergar, mesmo usando óculos ou lentes de contato.  O índice é o maior entre os demais estados do país, empatado apenas com Sergipe. 

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil a deficiência visual era a segunda deficiência com maior prevalência na população, atingindo um indicador de cerca de 3,1%, abaixo do índice piauiense. 

Outra informação que chama atenção é o percentual de deficiência auditiva no Piauí, onde 1,6% da população de 2 anos ou mais de idade tem dificuldade para ouvir, mesmo usando aparelhos auditivos. O índice é o segundo maior do país, atrás apenas do Rio Grande do Norte, que registrou 1,7% da população com deficiência auditiva.

Depois da deficiência visual, em termos de prevalência na população do Piauí, seguia-se a deficiência de locomoção, que atingia cerca de 3,9% das pessoas de 2 anos ou mais de idade, as quais informaram ter grande dificuldade para andar ou subir degraus. O estado com o maior indicador era Sergipe, com 4,3%.

A deficiência com menor prevalência no Piauí era a de comunicação, na qual cerca de 1,3% das pessoas de 2 anos de idade ou mais de idade tinham dificuldade de se comunicar, para compreender e ser compreendido. O estado com o maior indicador era o Rio Grande do Norte, com 1,6%. O menor indicador era o do Amazonas, com 0,7%. 

De acordo com levantamento do IBGE, o percentual de pessoas com deficiência, quaisquer que fossem os tipos de dificuldades funcionais, atingiu chegou a 10,8% no ano passado. O indicador é o terceiro maior do Brasil, superado somente por Sergipe (12,1%) e do Ceará (10,9%).

Mercado de trabalho

Apesar do grande número de pessoas com deficiência, o Piauí registrava apenas 24,9% desse público com participação na força de trabalho, ou seja, apenas uma a cada quatro pessoas deficientes buscava uma ocupação no mercado de trabalho, o que representava menos da metade do indicador para as pessoas sem deficiência.

Sob o aspecto da informalidade no mercado de trabalho, no Piauí, as pessoas com deficiência apresentavam um indicador superior em relação àquelas sem deficiência. Assim, cerca de 73,5% das pessoas com deficiência estavam ocupadas informalmente, enquanto que esse indicador era de 53,3% para as pessoas sem deficiência. 

O indicador de informalidade para as pessoas com deficiência no Piauí era o segundo maior do país, ficando abaixo apenas do estado do Pará, com 75,8%. O estado com o menor indicador de informalidade para as pessoas com deficiência era Santa Catarina, com 37,8%. Em termos de comparação com a média nacional, no Brasil, as pessoas com deficiência apresentavam um indicador de 55% de informalidade, enquanto que as pessoas sem deficiência apresentavam 38,7%.

Escolaridade

A taxa de analfabetismo geral da população de 15 anos ou mais de idade chegou a 14,1% no terceiro trimestre de 2022 no Piauí. Contudo, entre as pessoas com deficiência esse indicador foi de 37,3%, quase 4 vezes maior que o verificado para as pessoas sem deficiência, que foi de 10,8%. 

A taxa de analfabetismo entre as pessoas com deficiência no Piauí é a segunda maior do país, ficando atrás apenas da registrada em Alagoas, com 38,4%, enquanto a menor taxa de analfabetismo foi a verificada no Distrito Federal, com 8%. No Brasil, no mesmo período, a taxa geral de analfabetismo para a população de 15 anos ou mais de idade foi de 5,7%, sendo que o indicador para a população com deficiência atingiu 19,5%, enquanto para a população sem deficiência foi de 4,1%. São informações trazidas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

Para a população idosa, de 60 anos ou mais de idade, a taxa geral de analfabetismo no Piauí foi de 38,5%, no terceiro trimestre de 2022. Contudo, quase metade das pessoas idosas, com deficiência, era analfabeta no estado (48,7%), enquanto que cerca de um terço das pessoas idosas, sem deficiência, era analfabeta (33,3%).

Dentre as pessoas de 25 anos ou mais de idade, no Piauí, cerca de 43% chegaram a concluir a educação básica obrigatória de, no mínimo, o ensino médio. Contudo, a parcela da população do estado com deficiência, que concluiu seus estudos, ficou em 16,6%, aquém da população sem deficiência, que atingiu 47,5%. No Brasil, cerca de 53,6% da população em geral concluiu o ciclo básico de estudos, sendo que a população com deficiência atingiu 25,6% e a população sem deficiência chegou a 57,3%.


Breno Moreno (Com informações do IBGE)
[email protected]

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