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Palmeiras encara Nacional pelas quartas da Libertadores

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Paciência é a palavra mais usada pelo técnico e pelos jogadores do Palmeiras para o jogo desta quarta-feira, contra o Nacional, a partir das 19h20, em Montevidéu, pelas quartas de final da Libertadores. Vanderlei Luxemburgo e seus comandados se espelham no jogo decisivo da primeira fase da competição, contra o Colo Colo, em Santiago, para explicar o comportamento que a equipe palmeirense deve ter no lendário Estádio Centenário.



A ideia do Palmeiras é segurar a empolgação inicial do time uruguaio no Centenário e esperar o momento certo para dar o bote. "Temos de jogar com inteligência", explicou o meia Cleiton Xavier, herói da classificação palmeirense em Santiago, quando marcou o gol da vitória sobre o Colo Colo aos 42 minutos do segundo tempo. "Já passamos por essa experiência de pressão. O negócio é jogar o nosso jogo e esquecer o resto."

Nesta quarta-feira, a situação palmeirense é bem parecida com aquela vivida no Chile. Como empatou por 1 a 1 em casa, o Palmeiras precisa vencer para avançar às semifinais. Um empate por dois ou mais gols de diferença também serve, mas os jogadores acreditam que isso dificilmente virá a ocorrer, porque o Nacional, como aconteceu no jogo do Palestra Itália, não deve se expor muito - um 0 a 0 classifica os uruguaios. "É um time que marca muito forte e prefere sair somente nos contra-ataques", comentou o atacante Keirrison.

Luxemburgo não quis confirmar a escalação, mas deu a entender que usará a formação com três zagueiros. A dúvida é se ele vai mandar a campo um time com dois meias ofensivos (Cleiton Xavier e Diego Souza) e mais dois atacantes (Keirrison e Willians). Afinal, pode optar por poupar Willians para o segundo tempo, escalando mais um volante (Souza ou Mozart) para atuar ao lado de Pierre na marcação do meio-de-campo, o que liberaria mais Diego Souza para o ataque.

O jogo em Montevidéu é o mais importante do ano para o Palmeiras devido à expectativa criada pela própria equipe no decorrer da Libertadores - no início do ano, o discurso de Luxemburgo era de que, por estar em formação, o time só daria frutos no Brasileirão. "Mas fomos queimando etapas e podemos obter um título que seria histórico para todos nós", disse o treinador.

Apesar de o time estar nas quartas de final da Libertadores e entre os quatro melhores do Brasileirão, a pressão sobre Luxemburgo é grande - tanto por parte da torcida como de conselheiros do clube, muitos ligados à própria diretoria. Declarações polêmicas do treinador o impedem de viver uma lua de mel com a "coletividade palmeirense" mesmo quando o time joga bem - o que, aliás, não vem ocorrendo com frequência.

"Mais uma vez colocam o Palmeiras como um time já eliminado da Libertadores. Vamos ver o que vai acontecer no campo", avisou Luxemburgo. Enquanto isso, a diretoria já se acostumou a viver com a pressão. "Eu sei lidar com os corneteiros. Não há a menor chance de o Vanderlei sair, mesmo em caso de eliminação", prometeu o vice-presidente do clube, Gilberto Cipullo. "O planejamento foi todo feito por ele, o time está todo na cabeça dele. Além do mais, vai tirar para colocar quem? Não tem nenhum treinador de alto nível livre no mercado", completou o dirigente.

A maior reclamação dos que são contrários à presença de Luxemburgo é com relação ao custo-benefício do treinador e de toda a sua comissão - cerca de R$ 1 milhão por mês. O déficit do clube nos quatro primeiros meses do ano supera os R$ 8 milhões, mas Cipullo argumenta que o departamento de futebol gerou prejuízo de "apenas" R$ 1,2 milhão. "O que são R$ 300 mil por mês para um clube que pretende ter um time de ponta?", questionou o vice-presidente.

E é aí que a Libertadores se mostra mais importante: com bônus de patrocinadores, prêmios da Conmebol, cotas de TV e renda de bilheteria, a diretoria palmeirense espera chegar a um lucro de R$ 12 milhões ao final da competição. E isso sem falar no prestígio de uma classificação ao Mundial de Clubes, que será disputado no final do ano, nos Emirados Árabes Unidos.

Fonte: gazeta
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