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A menopausa continua sendo um tabu entre as mulheres, que muitas vezes a associam com o envelhecimento e desconhecem seus sintomas. A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que 1 bilhão de mulheres esteja convivendo com a menopausa até 2030 e, consequentemente, com seus desconfortos.
“Para a maioria das brasileiras, a menopausa tem início entre os 48 e 52 anos, mas seus efeitos podem ser sentidos no climatério, que acontece em média 5 ou 10 anos antes desse período”, explica Thais Dias, nutricionista especializada em climatério e menopausa. “Com o declínio hormonal ocorrem alterações importantes na saúde e bem-estar da mulher, além do surgimento das ondas de calor, insônia, inchaço, dores de cabeça e no corpo, fadiga, falta de memória, cansaço, entre outros incômodos”, completa.
Um levantamento revelou que 81% das mulheres na menopausa já se sentiram ansiosas ou depressivas, 84% sofrem com alterações no sono e 58% se sentiram menos produtivas no trabalho. O sedentarismo, excesso de estresse e uma alimentação desiquilibrada podem ser fatores que contribuem para o aumento de sintomas nesse período.
Alimentação e menopausa
É na menopausa que as mulheres estão mais propensas a desenvolver doenças como diabetes, colesterol, pressão alta e gordura no fígado. “Aquelas que não cuidam dos hábitos alimentares e não ingerem a quantidade correta de nutrientes e antioxidantes sentem dificuldade para manter o metabolismo equilibrado”, salienta a nutricionista.
“Dessa maneira, o corpo não consegue gerar resposta inflamatória eficiente para combater substâncias estranhas, entre elas aditivos químicos, açúcar e conservantes que são ingeridos através dos alimentos e acabam gerando quadros de resistência à insulina, aumento da produção de radicais livres e oxidação, agravando diversos sintomas da menopausa, causados pelo desequilíbrio hormonal”, orienta.
Durante a interrupção dos ciclos menstruais, a mulher precisa estar atenta a qualidade quantidade e oferta de nutrientes, evitando deficiências nutricionais de Vitamina D, ferro e B12.
“Carboidratos e óleos refinados, açúcar, farinha, gorduras ruins e industrializadas, bebidas alcóolicas e uma quantidade inadequada de proteína contribuem para o aumento do perfil inflamatório da mulher, fazendo com que o metabolismo fique mais lento e ocasione alterações de humor, irritabilidade, fogachos, dificuldade de concentração e perda de memória, sono irregular, cansaço, dores no corpo e ganho de peso”, reforça a especialista.
Os alimentos inflamatórios
Alguns alimentos têm alto potencial inflamatório para o corpo, principalmente quando consumidos com frequência e em grandes quantidades. “Eles são capazes de ativar de forma crônica nosso sistema imune, desencadeando inflamação e processos que lesam células e tecidos”, argumenta a especialista.
Veja 7 alimentos que devem ser evitados
-Açúcar e doces
-Carboidratos refinados e produtos com glúten
-Leite e derivados, especialmente para mulheres que tem intolerância ou alergia
-Óleos refinados e gorduras trans presentes nos alimentos industrializados
-Frituras
-Embutidos
-Bebida alcoólica
Melhora dos sintomas
A melhora dos sintomas da menopausa, agravados por um corpo inflamado, acontece quando há mudança na alimentação e prática de hábitos saudáveis, como o gerenciamento de estresse, sono de qualidade e atividade física. “Um metabolismo equilibrado auxilia no processo de desinflamação do corpo, contribuindo para a perda de peso, evolução dos exames, atenuação das ondas de calor, cansaço e fadiga, melhora do humor, do sono e da capacidade cognitiva”, finaliza Thais.
Da Redação
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