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Chico Lucas critica declaração de promotor: 'MP também tem que atuar'

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

O secretário de Segurança Pública, Chico Lucas, criticou a declaração do promotor Eny Marcos Pontes, que relatou que recebeu de uma médica a informação de que ela foi proibida de atender pacientes de uma facção rival. Ele explicou que não informado sobre a situação, que ficou sabendo pela imprensa e disse que assim como a polícia, o Ministério Público também pode atuar nesses casos.

A declaração do promotor ocorreu durante uma audiência pública que discutia a falta de segurança dos profissionais de saúde de Teresina.

O secretário Chico Lucas disse que ficou surpreso com a declaração do promotor e revelou que a polícia não estava sabendo desse caso. Segundo o gestor, o promotor deveria ter colhido o depoimento da médica.

"Ainda ontem mandamos um ofício ao promotor para que ele indicasse qual foi a profissional, que dia aconteceu a ameaça e que paciente deixou de ser atendido por conta dessa ameaça. Nos causa um pouco de espécie, porque no combate ao crime organizado, não deve ser só o poder executivo e judiciário, o Ministério Público também tem atuação. Então eu pergunto porque esse promotor, ao tomar conhecimento, não fez o trabalho dele, colheu depoimento dessa pessoa e encaminhou ao Gaeco? Que tem o grupo de combate ao crime organizado do Ministério Público. Então a gente tem que parar de ter discurso, de ter uma posição midiática e ter mais ações, que é o que estamos mostrando através do Draco e da Polícia Civil",  afirmou.

Ele informou que aguarda do promotor as informações sobre o caso e criticou a forma como a situação foi levada por Eny Pontes para a imprensa.

"Eu pedi para ele os dados. Da nossa parte, nenhum crime que chega deixa de ser investigado, por mais banal que seja. Então ele tem a obrigação de indicar o nome da profissional e qual paciente deixou de ser atendido por conta dessa violência. Tivemos o problema com o SAMU, mas todos os envolvidos foram presos hoje, eventualmente você tem uma pessoa que é membro de facção que vai para o hospital, mas dizer que uma pessoa deixa de ser atendida porque a facção proíbe, eu quero que o promotor indique os nomes e pode ter certeza, se isso tiver acontecido, será apurado. Agora temos que ter responsabilidade e o Ministério Público também tem que atuar, o promotor tem que colher depoimento e não só lançar na imprensa esse discurso, que não é o discurso do estado que está empenhado em resolver o problema das facções criminosas", declarou.

 

Bárbara Rodrigues
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