Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Cinco vereadores pediram vistas e a votação do veto feito pelo prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) a reajuste para três categorias, prevista para essa quarta-feira (08), foi adiada. Segundo o vereador Deolindo Moura (PT), a matéria voltará a ser apreciada quando o Palácio da Cidade enviar um novo projeto de lei, garantindo a equiparação salarial para os servidores.
Os vereadores que pediram vistas ao projeto foram o próprio petista, além das vereadoras Elzuila Calisto (PT), Pollyana Rocha (PV/federação), Fernanda Gomes (Solidariedade) e Luiz Lobão (MDB).
“Fizemos o pedido de vistas, fui o primeiro a pedir, visto que é o último artifício para garantir esse acordo que fizemos ontem com o prefeito. O palácio da Cidade disse que em 15 dias mandará um novo projeto de lei”, explicou Deolindo Moura.
Foto: Arquivo Cidade Verde
Ontem, durante uma reunião no Palácio da Cidade, houve um acordo desenhado junto ao próprio prefeito e o secretário de Finanças Admilson Brasil: os vereadores manteriam o veto ao reajuste e o Poder Municipal enviaria um novo projeto de lei com o reajuste salarial a ser pago no começo do próximo ano.
As categorias, no entanto, exigiram aos vereadores uma garantia de que o acordo seria cumprido. De acordo com Deolindo Moura, esse foi o motivo do pedido de vistas ao veto.
“Esse foi o único pedido das categorias, com o pedido de vistas estamos dando um prazo para a prefeitura, dando um tempo para a prefeitura e para as categorias organizarem isso”, declarou.
Líder acusa vereadores de terem “dois discursos”
Foto: Renato Andrade/ Cidade Verde
O líder do prefeito na Câmara, vereador Antônio José Lira (Republicanos), classificou a manobra na Câmara como um “circo”. Para ele, a retirada do projeto de pauta, o que põe em questão a própria credibilidade do Palácio da Cidade, não caiu bem.
O vereador também falou sem citar nomes que, alguns vereadores tem um discurso na Câmara e outro quando estão junto de Dr. Pessoa.
“O prefeito vai mandar um projeto de lei nos próximos 15 dias, talvez até antes, para a equiparação a partir do mês de fevereiro. Agora, a forma como fizeram, foi a última manobra para o circo. São os mesmos que tiveram discursos fácil, inclusive, que esse discurso aqui é um e na frente do prefeito é outro. O bom é que o prefeito já entendeu antes do carnaval e as máscaras começam a cair. O prefeito fez um compromisso, vai cumprir e o tempo será o senhor da razão”, disse.
Paula Sampaio
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