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Piauienses são indicadas ao principal prêmio de literatura do país

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Foto: Ascom

A jornalista Daiane Rufino e a professora Maria Helenita Rufino são indicadas ao Prêmio Jabuti, o mais importante concurso literário do país promovido pela Câmara Brasileira do Livro que chega a sua 65ª Edição em 2023. Daiane e Helenita são irmãs e concorrem ao prêmio na categoria Fomento à Leitura com o projeto “Ipiranga 60 anos – história, memória e cultura de um povo”, desenvolvido entre os anos de 2021 e 2022 no município de Ipiranga do Piauí, região Sudeste do Estado.

O projeto foi analisado pela Câmara Brasileira do Livro e aprovado na primeira etapa e está concorrendo com outros projetos de incentivo à leitura desenvolvidos em diversos estados do Brasil. “Estar apto a concorrer ao prêmio, nos motiva e aponta na perspectiva de que a construção coletiva de saberes abre caminhos para todas as possibilidades.”, argumenta Helenita.

A elaboração de uma narrativa histórica a partir da memória, com perspectiva subjetiva dos moradores da cidade foi a essência do projeto, que selecionou 37 ipiranguenses das zonas urbana e rural de Ipiranga do Piauí para realizarem entrevistas, pesquisa e escrita. No total foram feitas 200 entrevistas, totalizando 240 participantes do projeto e contou com o apoio da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Educação do Município. O prefeito da cidade Elvis Ramos e o secretário de Educação de Ipiranga, Gilberto Vieira encaminharam o livro produzido pelos participantes do projeto para as escolas e bibliotecas, como instrumento de uma educação contextualizada nas experiências históricas do município.

Incentivando a escrita e a pesquisa histórica, o projeto buscou revisitar a ancestralidade da população local, a partir de relatos de memórias de seus moradores. “Buscou-se elaborar uma narrativa histórica contada por olhares diversos, onde a população teve a oportunidade de dizer o que considerava importante no percurso de constituição da própria cidade”, descreve Daiane Rufino.
      
A jornalista explica alguns diferenciais que tornaram o projeto muito singular: o primeiro deles, a oportunidade para que cidadãos comuns de um município do interior do Nordeste se tornassem autores de um livro e, segundo, o incentivo à população desta cidade a ler uma obra literária sobre sua própria história. “Entre os resultados mais impactantes do projeto estão os depoimentos de moradores dizendo que leram um livro pela primeira vez na vida e isto é emocionante, é gratificante”, fala Daiane.

 

Da Redação
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