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PMs são afastados das ruas após atirarem com fuzil em família de cantora

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Foto: Tiago Melo/ TV Cidade Verde

A Polícia Militar do Maranhão determinou o afastamento das ruas dos policiais envolvidos na abordagem que terminou com o pai e a irmã da cantora Aline Conrado, de 12 anos, baleados em Teresina no último sábado (26).  A corporação também instaurou um inquérito militar para apurar o caso. 

No Piauí, o caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os disparos foram efetuados quando os policiais, que são lotados no 11º BPM em Timon, estariam em busca de suspeitos da morte do sargento Carvalho, morto a tiros na última sexta-feira, na Avenida Barão de Gurgueia. 

Em nota, a PM do Maranhão informou que determinou o imediato afastamentos dos envolvidos e que o caso está sendo investigado.

“A cerca dos fatos envolvendo policiais do 11° Batalhão de Timon, a Polícia Militar do Maranhão informa que, imediatamente após tomar ciência, instaurou inquérito policial militar para apuração da conduta dos policiais e o afastamento de ambos do serviço operacional. Conforme determinação do Comando Geral da Polícia Militar, as investigações serão conduzidas pelo Comando de Policiamento do Interior (CPAI)”, informou.

Afirmou ainda que ao fim da investigação, sendo comprovada irregularidade na atuação dos policiais, eles serão devidamente penalizados.

“A Polícia Militar do Maranhão reafirma o compromisso da instituição em proteger o cidadão e que, sendo comprovado excessos dos policiais, os envolvidos estarão sujeitos às penalidades previstas em lei. Por fim, a PM reitera que não coaduna com condutas que desabonem o decoro, nem legitima ações que ferem os princípios profissionais e éticos que orientam as atividades da corporação”, disse a PM na nota.

Abordagem irregular

Segundo o delegado Francisco Barêtta, coordenador do DHPP, na madrugada de sábado (26), um grupo de policiais militares do Maranhão abordou a família na BR-343, na entrada do bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste de Teresina. 

"Os policias militares estava à paisana, em um carro descaracterizado, portando arma de fogo e efetuaram vários disparos no fundo do carro e nos pneus do veículo", disse o delegado. 

No momento da ação o carro era ocupado por três pessoas, o pai, a mãe e uma filha do casal. "Eles haviam ido pegar os instrumentos musicais de outra filha deles que havia se apresentado no Festival Folguedos. A menina, de 12 anos, foi atingida por um tiro na região do abdômen e o pai levou um tiro de raspão na cabeça. A cabeça dele está inclusive queimada pela ação do projétil. A mãe não foi ferida na ação", explicou Barêtta. 

A criança acabou sendo atingida com um disparo de arma de fogo, foi levada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde perdeu parte do intestino. O pai foi atingido com um tiro de raspão na cabeça.

PMs são intimados e terão que apresentar fuzil

Os policiais envolvidos na abordagem vão ter que apresentar os fuzis utilizados no crime e terão que justificar porque estavam utilizando esse armamento que só deve ser usado durante o serviço. 

"Cada policial tem uma arma acautelada que pode ser levada para qualquer lugar do Brasil. Porém, alguns armamentos, como os fuzis, têm restrição de uso durante o serviço. Estamos examinando ponto a ponto. Estavam agindo por conta própria? e se estavam agindo por conta própria quem forneceu o armamento, tendo em vista que as armas são da corporação? a partir daí, começamos a verificar outros fatores envolvidos", afirmou o delegado Bruno Ursulino. 

Confira a nota da PM na íntegra:

A cerca dos fatos envolvendo policiais do 11° Batalhão de Timon, a Policia Militar do Maranhão informa que, imediatamente após tomar ciência, instaurou inquérito policial militar para apuração da conduta dos policiais e o afastamento de ambos do serviço operacional. Conforme determinação do Comando Geral da Polícia Militar, as investigações serão conduzidas pelo Comando de Policiamento do Interior (CPAI)

A Polícia Militar do Maranhão reafirma o compromisso da instituição em proteger o cidadão e que, sendo comprovado excessos dos policiais, os envolvidos estarão sujeitos às penalidades previstas em lei.

Por fim, a PM reitera que não coaduna com condutas que desabonem o decoro, nem legitima ações que ferem os princípios profissionais e éticos que orientam as atividades da corporação.


Bárbara Rodrigues 
[email protected]

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