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Guardas e outras categorias municipais fazem paralisação nesta quarta-feira (6)

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Os Guardas Civis Municipais de Teresina realizam amanhã (6) uma paralisação de advertência de 24h, por melhores condições de trabalho. No mesmo dia eles participam de uma assembleia geral que poderá votar uma paralisação por tempo indeterminado da categoria. Além dos guardas, funcionários do Laboratório Raul Bacelar, médicos da rede municipal seguem paralisados nesta quarta-feira. 

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserm) divulgaram que outras pautas de outras categorias também serão discutidas durante a assembleia que acontecerá às 8h em frente à Câmara Municipal. 

A Guarda Municipal e membro da direção do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserm), Ilná Evangelista, afirmou que a categoria tenta resolver alguns problemas, entre eles a escala de trabalho que recentemente sofreu alterações.

“Entre as nossas reivindicações está a escala de trabalho e rotina. Antes tínhamos uma escala de trabalho com 15h de trabalho e três dias de folga, eles mudaram e decidiram impor uma escala com 12h de trabalho, praticamente a mesma quantidade de antes, mas diminuíram a nossa folga, e agora são apenas dois dias. Então a gente ganha um valor irrisório, que é de R$ 1.600, sendo que é um trabalho onde arriscamos nossa vida, andamos com mais de 10 kg em equipamentos, e ainda mexem na nossa folga. É um salário que não dá para viver apenas em função da guarda, e eles ainda mexem na nossa escala”, afirmou.

Ela disse que outra mudança foi realizada na escala de quem trabalha 24h. “A maioria quer trabalhar e fica na escala de 24h que são cinco dias de folga. Nessa escala a pessoa tinha direito a um intervalo de cerca de 6h, para almoçar, jantar e descansar. Eles mudaram, e agora são só 3h de intervalo, então você trabalha por 24h, e tem apenas uma hora para almoçar, uma hora para jantar e uma hora para descansar. A pessoa passa 24h trabalhando com 10 kg em cima de você, em equipamentos, e mal consegue ter tempo para banhar”, lamentou.

Ela disse que a categoria também sofre com assédio moral. “Temos também o assédio moral que a gente sofre, com a perseguição disfarçada e velada. Se você põe um atestado médico, mesmo que seja de um dia, tem que ficar um dia da sua folga para fazer a perícia, então tu compromete a tua folga, fora um monte de papelada para entregar por causa de um atestado”, criticou Ilná Evangelista.

Entre eles está a discussão do estatuto da Guarda que está sendo feito pelos servidores, o Plano de Cargos e Salários, o relatório de auditoria do Tribunal de Contas e também a possibilidade de uma nova paralisação.

“Existe a possibilidade da gente definir por uma paralisação por tempo indeterminado. Amanhã vai ter essa Assembleia com várias categorias e esse será um assunto que vamos discutir”, afirmou.

O Cidadeverde.com entrou em contato com a assessoria da Guarda Civil Municipal que informou que não irá se manifestar sobre o caso.

 

Bárbara Rodrigues
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