Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Por Caroline Oliveira

Bairros das zonas Leste, Norte e Sul de Teresina são os que apresentam maior onda de calor. A informação é da Agenda Teresina 2030, ligada à Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação da Prefeitura da capital. Um Plano de Ação Climática foi elaborado e fez um diagnóstico dos locais onde são registradas as temperaturas mais altas na cidade e a previsão que seja lançado em outubro. 

Nesta quinta-feira (21), a previsão é que a temperatura máxima atinja 41,3º C em Teresina, por volta das 15h. 

“As ilhas de calor, como são chamadas, estão em regiões onde há maior grau de urbanização e mais adensamento populacional, com maior área pavimentada e construída e maior distância às áreas vegetadas”, explica o plano.

Algumas áreas da cidade são mais suscetíveis às ondas de calor. De acordo com o plano, entende-se por suscetibilidade a ondas de calor, períodos de no mínimo três dias de tempo excessivamente quente.

A emergência climática é uma realidade e Teresina não está fora desse contexto. Eventos climáticos intensos como ondas de calor, ciclones em regiões litorâneas e tempestades com elevadas pluviometrias em curtos períodos estão cada vez mais frequentes. Esse ano, pelo efeito do El Niño, ainda mais acentuado, poderemos ter eventos mais extremos. Nos parece que estamos vivenciando um B-R-O Bró ainda mais quente, mais seco e consequentemente com mais riscos de queimadas, por exemplo. Esse monitoramento precisa continuar para que tenhamos dados mais robustos para conclusões mais assertivas. Teresina agora tem um plano que traz todo o diagnóstico e propõe medidas de adaptação e mitigação à essa emergência climática, afirma Leonardo Madeira, coordenador da Agenda Teresina 2030.

O Plano de Ação Climática apresenta o diagnóstico da atual situação da cidade em relação à emissão de gases do efeito estufa, os efeitos da emergência climática e as vulnerabilidades da cidade, e apresenta os prognósticos para o futuro nos aspectos relativos a riscos de alagamentos, inundações, queimadas, arboviroses e ondas de calor. 

“Percebe-se um maior risco desses eventos nos bairros Fátima, Horto, Ininga, Jóquei, Planalto ao centro da área urbana, zona com maior poder aquisitivo da cidade, com área comercial e de lazer. Os bairros da região central, por exemplo, também são áreas com elevado risco de ondas de calor”, analisou o Grupo de Trabalho da Agenda 2030. 

Ainda segundo o GT, os bairros Jacinta Andrade, Portal da Alegria, Padre Eduardo, Palitolândia, Parque Brasil, Santa Maria do Codipi e das Vassouras, Dilma Rousseff, Padre Humberto e Angelim são os bairros mais quentes e secos, e são registradas secas frequentemente, nos bairros Promorar, no Parque Piauí, Santa Fé e Porto Alegre, que podem ser potencializados pelas ondas de calor.

Segundo o grupo de trabalho do Plano, os mais suscetíveis são:

Zona Leste: 

Fátima, Horto, Ininga, Jóquei, Planalto ao centro da área urbana, zona com maior poder aquisitivo da cidade, com área comercial e de lazer; 

Zona Norte: 
Jacinta Andrade, Parque Brasil, Santa Maria do Codipi e das Vassouras, Dilma Roussef e Padre Humberto.

Zona Sul: 
Portal da Alegria, Angelim, Promorar, no Parque Piauí, Santa Fé e Porto Alegre.

 

Como foi a onda de calor em Teresina em 2022 e como será em 2030, caso não seja feito nada para mudar a realidade