Yala Sena/Cidadeverde.com
Atualizada às 23h41min
Quinze homens do Corpo de Bombeiros continuam o trabalho de resgate ao corpo do operário Antônio Santos Silva, 38 anos, soterrado enquanto trabalhava em uma obra na rua Rui Barbosa, bairro Matinha, zona norte de Teresina. Na tarde desta quarta-feira (24), ele cuidava da escavação de um buraco para a construção de um prédio quando foi vítima do deslizamento de um barranco de areia.
Os bombeiros estão em um poço próximo ao local do acidente, de onde cavarão um túnel até o buraco. Os próprios brigadistas correm risco na ação com novos deslizamentos. O local onde Antônio foi soterrado tem sete metros de profundidade e 80 centímetros de diâmetro. As equipes consideram remotas as chances dele ser encontrado com vida.
Por volta de 22h30min, os bombeiros terminaram de aumentar em mais um metro a profundiade do poço, que era de seis metros. Agora, as equipes trabalham para cavar um túnel até o buraco onde se encontra o operário. O trabalho é praticamente manual, e lento. Além de bombeiros e policiais, só parentes podem acompanhar as buscas. Familiares estão reunidos no local, com orações e lágrimas.
Cada bombeiro, por conta da falta de oxigênio, só consegue passar 10 minutos no poço. A distância dele para o buraco é de 90 centímetros. A equipe acredita que os operários desconheciam a existência do poço, que pode ter provocado o soterramento. Um homem da equipe de engenharia chegou ao local para montar uma estrutura que evite o desmoronamento da área. A nova previsão é de que o resgate seja concluído até 0h30min.
Iury Campelo
O major Emídio Oliveira, que comanda as ações, isolou nova parte da área na noite de hoje, e pediu que a imprensa se afastasse por questões de segurança.
O operário foi soterrado às 15h, e equipes do Corpo de Bombeiros foram imediatamente ao local. A rua precisou ser interditada no horário de pico. Policiais do 1º Batalhão da Polícia Militar dão segurança no local, enquanto do 2º Distrito Policial já trabalha na abertura de inquérito para apurar as responsabilidades. O Conselho Regional de Engenharia suspeita que a obra esteja irregular.
