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Jesus Elias Tajra toma posse como novo imortal da Academia Piauiense de Letras

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Por Yala Sena 

O advogado, escritor, jornalista e empresário Jesus Elias Tajra tomou posse como membro imortal da Academia Piauiense de Letras (APL) na noite desta quarta-feira (6), aos 91 anos. 

A cerimônia aconteceu no auditório da Fiepi (Federação das Indústrias do Estado do Piauí) em solenidade bastante prestigiada. O evento celebrou a entrega da Cadeira 39 da Academia ao empresário, que sucede Celso Barros Coelho, um dos maiores juristas do Brasil, que morreu aos 101 anos, em julho deste ano em Teresina. A solenidade contou com a presença do vice-governador Themistocles Filho, do ex-governador Zé Filho, do ex-governador Freitas Neto, do vereador Evandro Hidd, representando o presidente da Câmara de Teresina, do presidente do Conselho de Cultura do Piauí, Nelson Nery Costa, e outras autoridades.

O presidente da Academia Piauiense de Letras (APL), Zózimo Tavares, disse que Jesus Tajra tem muitas faces de contribuição para o Piauí nas áreas cultural, política, de esporte, administração pública e empresarial. 

"É um intelectual que tem uma relação muito antiga com a academia piauiense de letras, e com vários de seus integrantes como Paulo Nunes, Celso Barros, Paulo Freitas, Manfred Cerqueira, professora Fides Angélica, Felipe Mendes, Humberto Guimarães, muita gente da academia. A pergunta que se faz hoje é por que com esse cabedal que doutor Jesus Tajra tem, não ingressou na academia antes. E conforme Eclesiastes: 'há um tempo determinado para tudo' e a hora dele chegou". 

O acadêmico Fonseca Neto disse que o empresário vem engrandecer a academia. "Um grande amigo do sucedido Celso Barros, o que torna ainda mais simbólica e significativa a presença do advogado Jesus Tajra entre nós".

Durante a solenidade, Jesus Tajra foi conduzido para a posse pelos acadêmicos Fides Angélica, Plínio da Silva Macedo e Padre Tony Batista.

A acadêmica Fides Angélica disse que a presença dele na academia é de muito orgulho, e que ele vai honrar, enriquecer por ser um homem extraordinário como foi Celso Barros.

"Ele não será honrado pela academia, mas ele vai honrar a academia. Tem uma história de vida bonita, de sucesso, e esse conjunto que dá valor a ele. Para substituir Celso Barros, nao poderia ser qualquer um. É preciso ser alguém com história rica como foi de Celso Barros. Para nós da academia é um motivo de muito orgulho, pra mim, particularmente".

“Para nós da família é um orgulho e uma alegria, especialmente porque a gente constata que ele está muito feliz. Ele se sente bem nesse ambiente. Papai sempre gostou da cultura, das letras, do debate, do diálogo e sempre acompanhou de perto a vida da academia. Para nós, ao mesmo tempo foi uma surpresa, mas a gente encarou como uma consequência até previsível e como falou o presidente Zózimo Tavares, que disse que demorou um pouquinho, mas tudo tem seu tempo e foi na hora certa”, disse o empresário Jesus Tajra Filho 

Chego com alegria e vontade de contribuir

Ao discursar, Jesus Tajra ressaltou o legado de Celso Barros, discorreu sobre suas referências e ressaltou o importante trabalho da atual direção da APL com o projeto itinerante levando a instituição ao interior do estado, as escolas públicas e privadas. 

“Chego com alegria e vontade de contribuir com os objetivos da Academia. Tenho uma história de vida e se coroa com a chegada na APL. Eu me considero uma pessoa abençoada, porque tudo que enfrentei na vida foi com sucesso. Fico feliz com essa homenagem com quase 92 anos de idade. Graças a Deus forte, saudável, disposto para o trabalho como sempre. Tenho uma história de vida com Celso Barros, de muita amizade, que vem de longe e nossas vidas se cruzaram em vários momentos”, disse o novo imortal. 

Sempre de bom humor, Jesus parafraseou: “Jesus (Cristo) meu xará, universal, que desapareceu há milênios está sempre na nossa presença, em nossos corações, nossos atos, trabalho. E esse Jesus aqui tornou-se imortal porque, infelizmente, vai desaparecer”. 

Ele finalizou seu discurso com uma frase de Celso Barros que proferiu ao participar dos 75 anos da APL.Hoje a Academia tem 106 anos. 

“A Academia adquire duas formas na dimensão histórica: os mortos que continuam vivos e os vivos que sonham com a imortalidade”, disse Jesus Tajra ressaltando: “Celso vive e eu fico aqui, agora, sonhando com a imortalidade”. 

O orador do discurso foi o acadêmico Felipe Mendes, que fez o resgate histórico da militância política, empresarial, atuação cultural, como desportista e gestor público. 

"Vós trazeis a imortalidade nas obras realizadas como homem público, nas palavras que escrevestes nos jornais e que pronunciastes nos microfones das emissoras de rádio ou diante das câmeras de televisão, nas tribunas da Assembleia Legislativa, da Assembleia Nacional Constituinte e da Câmara dos Deputados - palavras coerentes com o que praticastes no dia a dia de cidadão, de Professor, de profissional das finanças e de empresário bem-sucedido. Fizestes o Piauí maior, e um lugar melhor para se viver. A Academia Piauiense de Letras vos recebe, engrandecida", disse em seu discurso.

Veja aqui o discurso de Felipe Mendes

 

 

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Perfil 

Jesus Elias Tajra, 91 anos, é advogado, escritor, professor, jornalista, político, empresário e fundador do grupo Cidade Verde,  um dos maiores e mais respeitado veículo de comunicação do Piauí. 

Nasceu em Teresina em 22 de fevereiro de 1932. Filho de Elias João Tajra e Amélia Sady Tajra.

Foi professor de contabilidade, auditor da Receita Federal, político desde a vida estudantil, deputado estadual, secretário de estado, prefeito de Teresina, deputado federal constituinte, presidente de estatal, suplente de senador, desportista e com livros publicados, entre eles, Linha de Coerência, Coragem e Equilíbrio, edição I e II, Ação Parlamentar e Até parece que foi ontem – Memórias da Constituinte. 

Em 1949 ingressou no curso de contabilidade da Escola Técnica de Comércio Álvares Penteado, em São Paulo, diplomando-se em 1951. De volta a Teresina, no ano seguinte iniciou o curso de direito na Faculdade de Direito do Piauí. Em 1953 tornou-se secretário-geral do Diretório Acadêmico da faculdade e assumiu a cadeira de contabilidade da Escola Técnica do Piauí. Em 1955 assumiu a presidência do Diretório Acadêmico e se tornou presidente do Conselho da União Nacional dos Estudantes (UNE) e se bacharelou em Direito. 

Jornalista, foi colaborador dos jornais Folha da Manhã, Folha do Nordeste, Cidade de Teresina, Jornal do Comércio e Jornal do Piauí. 

Em 1986 inaugurou a TV Pioneira, hoje TV Cidade Verde, grupo que tem o portal Cidadeverde.com e o Rádio Cidade Verde. 

Sua primeira filiação partidária foi no PDC em 1962 e conquistou seu primeiro mandato em 1966 ao se eleger deputado estadual pelo Arena (1967 a 1971) e nos anos seguintes foi eleito primeiro suplente de senador Helvídio Nunes em 1970, segundo suplente de senador Dirceu Arcoverde em 1978 e primeiro suplente do senador Alberto Silva após a morte de Arcoverde em 1979. 

Com o retorno ao pluripartidarismo no ano seguinte, filiou-se ao PDS (Partido Democrata Cristão). 

Em 1982, foi nomeado prefeito de Teresina pelo governador Lucídio Portela e secretário de Trabalho e Ação Social no primeiro governo de Hugo Napoleão (1983-1986), exercendo de modo simultâneo também o cargo de presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí. 

Jesus Elias Tajra foi presidente do Flamengo Esporte Clube, por três mandatos, levando o time à sua fase de glórias no Futebol Piauiense; deputado estadual e diretor da Rádio Pioneira de Teresina por 20 anos (1967 a 1987), colocando a emissora no ranking de maior audiência do Piauí, ouvida em todo o Nordeste.

Em 1986 e 1990 foi eleito deputado federal pelo PFL e assim participou da elaboração da Constituinte de 1988 e  atuou na Assembleia Nacional Constituinte ao lado de líderes como Ulysses Guimarães, Mário Covas, Jarbas Passarinho e Luiz Inácio Lula da Silva.

Deixando de concorrer à reeleição no pleito de outubro de 1994, encerrou seu mandato na Câmara dos Deputados no fim de janeiro de 1995 e retomou suas atividades de empresário. Presidiu a Telecomunicações do Piauí (Telepisa) de 1997 a 1998, ano em que a empresa foi privatizada. 

Foi também presidente, por três mandatos da Associação dos Diretores de Jornal, Rádio e Televisão do Piauí e um dos fundadores do Sindicato dos Jornalistas do Piauí.  

É casado com Maria Amélia Costa Tajra, tem quatro filhos, 19 netos e 25 bisnetos.

 

 

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