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Vasco ganha do Red Bull Bragantino com gols de reservas e evita 5ª queda no Brasileirão

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Uma cabeçada certeira aos 37 minutos do segundo tempo acabou com o drama do Vasco no Brasileirão. O gol de Serginho definiu a vitória por 2 a 1 sobre o Red Bull Bragantino em São Januário e a manutenção da equipe na elite nacional. 

Foto: Leandro Amorim/Vasco 

Depois de amargar quatro rebaixamentos na história, o time carioca contou com gols de seus reservas para evitar mais um vexame em sua história. Paulinho havia aberto o marcador.

Em uma partida dramática em São Januário, o time carioca conseguiu superar um bravo Bragantino no fim e fez enorme festa com seus torcedores, sob a cantoria de "o Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor."

Ja na chegada ao estádio, os torcedores do Vasco adotaram o lema de Ramón Díaz e levaram muitos cartazes a São Januário com o "no va bajar" utilizado pelo treinador para garantir que a equipe permaneceria na elite nacional.

A confiança era grande em bom resultado diante de um Red Bull Bragantino sem mais pretensões na competição.

Mas o começo de jogo mostrou que o nervosismo era um oponente a mais aos cariocas. Os passes não encaixavam, Marlon Gomes se machucou sozinho ao pisar da bola e os (raros) ataques não davam em nada.

Com meio reforçado e somente Pec e Vegetti na frente, quem mais trabalhava era a defesa cruzmaltina.

Para piorar, veio a notícia que todos temiam: gol do Bahia e Vasco caindo para a 17ª colocação, na temida faixa de queda. Aos 11 minutos, no mesmo momento em que os baianos abriram o marcador em Salvador, Léo Jardim teve de salvar o time de sair atrás do placar. O goleiro espalmou a bomba de Helinho.

O drama tomou conta de vez. A tensão era evidente com semblantes de incredulidade nas arquibancadas.

Com gritos de incentivo em tom abaixo do esperado, os vascaínos sofriam mais uma vez. Mas a lesão de Marlon Gomes que era para preocupação, acabou sendo decisiva na primeira etapa.

Paulinho, que foi parar na reserva no jogo decisivo, entrou. E com quatro minutos em campo, após a roubada de bola, o volante avançou e bateu para o gol. A bola desviou em Luan Cândido, enganou Cleyton e fez São Januário explodir em festa aos 28 minutos. A preocupação deu lugar ao alívio.

A partir daquele momento, bastava ao Vasco não sofrer gol para a noite terminar em festa. E a disposição dos defensores começou a dar o tom.

A briga era gigante, com carrinhos, trombadas, dois a três tentando roubar a bola em um único lance... O Bragantino sofria e só conseguiu chegar mais uma vez antes da pausa. Em novo chute de Helinho.

Com somente três minutos da etapa final, Praxedes - o Vasco pagou R$ 1 milhão para tê-lo em campo, já que pertence ao Bragantino - teve a chance de ouro de aliviar de vez a partida. Saída errada do time paulista e o meio-campista ficou na cara de Cleiton, mas escorregou e mandou para o alto.

Em uma escapada pela direita, Lucas Evangelista quase empata. A bola raspou a trave de Léo Jardim, que apenas olhou. Um susto logo depois de o Santos empatar na Vila Belmiro.

O Bragantino cresceu e chegou à igualdade com o zagueiro Léo Ortiz. A paz se foi novamente. E agora o relógio jogava contra.

Ciente que o time necessitava de seu apoio, os vascaínos começaram a cantar alto para reerguer o emocional do time. Muitos jogadores sentiram o gol. Maicon chacoalhava a cabeça, sem acreditar no que estava acontecendo em São Januário. De uma vez, o time ainda perdeu Jair e Medel, contundidos.

Em um contragolpe, Paulinho sairia na cara de Cleiton e foi derrubado por Realpe, que levou amarelo. Após ser chamado ao VAR, Wilton Pereira Sampaio mudou a decisão e expulsou o defensor.

O Vasco teria 15 minutos, mais os acréscimos, para buscar um gol. Serginho, outro a vir do banco, usou a cabeça para recolocar o Vasco em vantagem aos 37 minutos.

As lágrimas que já escorriam em diversos rostos, naquele momento voltaram a ser de alegria. Muitos ainda rezavam pelo apito final, com "longos" minutos pela frente. A torcida subiu o tom em São Januário em uma enorme festa de quem não aguentava mais sofrer. 

Pulando, rodando camisas, cantando e "jogando" com o time até o fim, os vascaínos fizeram sua parte para comemorar a fuga da que seria a quinta queda nos últimos 16 anos.

Fonte: Estadão Conteúdo

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