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Corte de árvores na Uespi revolta professores, que cobram plano de compensação ambiental

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Por Breno Moreno

A derrubada de árvores para a construção de novos blocos de sala de aula no campus Torquato Neto, em Teresina, revoltou a comunidade acadêmica da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). O Cidadeverde.com foi ao local nesta segunda-feira (11) e constatou cerca de dez árvores cortadas e trabalhadores com motosserra. 

Em nota, a Uespi comunicou que o corte foi liberado pela Semam, depois que uma vistoria constatou que as árvores não estavam em área de Preservação Permanente. Além disso, a instituição de ensino afirmou fará o replantio de 100 árvores no campus e fará a doação de outras 22 para a Prefeitura de Teresina. (Veja nota na íntegra no final da reportagem)

João Luís, assistente administrativo da Universidade, lamentou a situação. “Eram árvores com mais de 100 anos, mangueiras bem antigas, que davam sombra ao estacionamento. Ficamos preocupados, pois estamos justamente discutindo o aquecimento global, o aumento do calor na cidade e a necessidade de construções sustentáveis”, disse. 

Há três meses, Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp) denunciou que algumas árvores estavam sendo marcadas para o corte e solicitou da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) se o empreendimento possuia licenciamento. O pedido, no entanto, só foi respondido após à derrubada da vegetação. 

“Quando soubemos que as árvores haviam sido cortadas, procurarmos novamente por essa informação e disseram que houve o licenciamento. Em Teresina é proibido cortar árvores. Havendo autorização, há também a necessidade de uma compensação ambiental”, enfatizou a professora Lucineide Barros, coordenadora-geral da entidade. 

 

Após o corte das árvores, a Adcesp vai requerer informações sobre o plano de compensação ambiental. “Vivemos uma crise climática gravíssima. Teresina já sofre consequências do calor intenso. Precisamos que a sociedade cobre, pois não diz respeito a uma entidade, professores ou estudantes”, concluiu Lucineide Barros. 

A previsão de um estudo climático feito pela Agenda Teresina 2030 é que a capital piauiense deve registrar dias mais quentes, ondas de calor e períodos chuvosos curtos nos próximos anos. Uma das ações apontadas pelo grupo para mitigar esses efeitos é o aumento e proteção dos espaços verdes da cidade.

 

Leia a nota na íntegra:

Em virtude da construção de seis blocos de salas de aula no campus Torquato Neto, e após liberação por parte da  Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMAM), que constatou em sua vistoria que as árvores não são de área de Preservação Permanente, a empresa especializada fez o corte das árvores do local neste final de semana. 

Em documentação enviada a SEMAM, a Administração Superior apresentou toda a documentação exigida, inclusive a Planta de paisagismo com local de replantio de árvores. Ao todo, 122 árvores serão plantadas, sendo 100 no campus Torquato Neto e as outras 22 doadas para a Prefeitura de Teresina.


 

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