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Fides Angélica toma posse na presidência da APL nesta quarta (24)

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Fotos: Ascom/APL

A professora, advogada e escritora Fides Angélica Ommati assume, nesta quarta-feira (24), a presidência da Academia Piauiense de Letras (APL).

A sessão solene de posse da nova diretoria da APL será realizada no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção do Piauí, a partir das 19 horas.

Fides Angélica será a 18ª presidente da Academia, sucedendo o jornalista Zózimo Tavares, em cuja gestão exerceu o cargo de secretária-geral. A professora ingressou na Academia Piauiense de Letras em 1994, ocupando a Cadeira 40, que tem como patrono o poeta Mário Faustino. A escritora também foi fundadora e presidente, até o ano passado, da Academia Piauiense de Letras Jurídicas.

Fides Angélica nasceu em Floriano, em 1945, e ainda criança, sua família se transferiu para Teresina, onde iniciou seus estudos e se formou.

Ela abraçou o magistério ainda muito jovem, antes de formar-se em Direito e em Letras. Fez curso de Especialização em Metodologia do Ensino Superior (1975) e mestrado em Direito Público pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1978).

É procuradora aposentada do estado do Piauí, conselheira e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí e professora catedrática da Universidade Federal do Piauí.

Zózimo encerra mandado na APL com academia mais digital e interativa

Termina nesta quarta-feira (24) o período de quatro anos de Zózimo Tavares na presidência da Academia Piauiense de Letras (APL), que passa o bastão para Fides Angélica Ommati. O balanço aponta para uma gestão que tornou a APL mais presente na sociedade, mais digital, interativa e comprometida com causas de interesse da cultura e da identidade do estado, como o fortalecimento da literatura piauiense.

Zózimo cumpriu dois biênios, iniciados em janeiro de 2020, quando o mundo enfrentava o desafio de lidar com a pandemia da Covid-19. Nesse período, a academia piauiense foi a primeira do país a utilizar a internet para realizar suas reuniões e eventos online.

“A sessão no formato remoto possibilitou a participação de imortais que moram fora de Teresina e, por isso, têm dificuldade de comparecer às reuniões presenciais”, destaca Zózimo.

A transmissão e gravação das sessões e eventos ocorriam por meio do canal criado na mesma época, da Academia no YouTube, a TV APL. O isolamento imposto pela pandemia também deu origem ao programa “Chá das 5”, em parceria com a TV Nestante. A APL integrou o projeto "Te Aquieta e Lê", criado pela Secretaria Estadual de Cultura, para doar livros, ajudando as pessoas a lidar com o isolamento social.

O “Te Aquieta e Lê” resultou na doação de muitos livros de autores locais, um gesto que está relacionado a outra marca da gestão Zózimo: a luta pelo fortalecimento da literatura do Piauí. Isso incluiu a pesquisa sobre os hábitos de leitura dos piauienses, resultando no filme “O sonho que saiu do papel”.

A APL também se empenhou pela implantação do ensino de literatura piauiense nas escolas do estado e pela inclusão do tema nos concursos públicos, providência já adotada pelo IFPI.

Bicentenário e Itinerância

Em 2023, a APL lançou a “Coleção Bicentenário”, com obras que fazem parte do programa de celebrações dos 200 anos da Independência. A ação teve parceria com o Conselho Estadual de Cultura, o Instituto Histórico e Geográfico do Piauí e a Secretaria Estadual de Cultura. 

Para Zózimo, a coletânea ressalta que a independência não foi só um dia, o 7 de setembro de 1822, mas uma serie de lutas, onde o Piauí tem destaque. “Só a partir da Batalha do Jenipapo o Brasil se fez de fato independente de Portugal. Mas o país praticamente só está sabendo disso agora, 200 anos depois”, acentua.       

Nos seus quatro anos à frente da APL, Zózimo implementou o projeto “APL itinerante”, fazendo a academia ganhar a estrada e se aproximar da sociedade. A primeira saída foi a instalação oficial em São Raimundo Nonato. Em seguida a APL promoveu encontros em Oeiras, Floriano e Pedro II, o que favoreceu a interiorização da academia. Também aconteceram sessões em espaços históricos e culturais de Teresina, como os campi da UFPI e Uespi, bem como a Fundação Wall Ferraz.

“É uma forma de interagir e de lembrar que a Academia é de fato ‘Piauiense’”, destaca Zózimo.

 

 

Da Redação

 

 

 

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