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Foragido da Justiça é preso após inventar falso sequestro para a esposa e gastar salário com bebidas em Teresina

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Fotos: PC-PI

Por Bárbara Rodrigues

Um caso inusitado ocorreu nesta semana em Teresina. Um churrasqueiro identificado como Paulo Ricardo Mendes Lima, que era foragido da Justiça, forjou o próprio sequestro para a esposa após gastar seu salário com farra e bebidas. Quando a mentira foi descoberta, ele foi preso, pois tinha um mandado de prisão em aberto, após ter sido condenado a 7 anos por roubo realizado a um mercadinho no ano de 2016 em Teresina.

Tudo começou no dia 6 de fevereiro, quando Paulo Ricardo saiu por volta das 23h de um shopping de Teresina, onde trabalhava como churrasqueiro. Ele não foi casa, e não avisou para a esposa onde estava indo.

Após se encontrar com uma mulher e gastar todo o salário com bebidas alcoólicas, ele decidiu inventar para a esposa que tinha sido sequestrado por membros do Tribunal do Crime e começou a mandar mensagens pedindo dinheiro. A esposa não repassou dinheiro e acionou o Departamento de Desaparecidos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

“Em um certo momento, ele passou mandar mensagens para a esposa alegando que estava sequestrado, e na mão do sequestrador. Depois, ele passou a mensagem dizendo que ele ia ser esquartejado pelo Tribunal do Crime, que ele estava na mão de uma facção. Ficou pedindo dinheiro, pediu R$ 500, depois R$ 1 mil, depois que ela mandasse qualquer dinheiro que fosse. A mulher dele veio aqui no DHPP, mas estranhamos, porque esse não era um procedimento de um sequestro, então a gente notou que tinha alguma coisa errada”, disse o delegado Francisco Costa, o Barêtta.

Somente na madrugada do dia 8 de fevereiro, após gastar todo o dinheiro e a motocicleta que estava dar problema, é que ele entrou em contato com o pai, afirmando que tinha sido liberado pelos criminosos e pedindo para ser resgatado em uma estrada na cidade de Altos.

O que ele não esperava era que a polícia tinha sido acionada, que estavam desconfiados do sequestro e já sabiam que ele era um foragido da Justiça. Logo depois ele admitiu que forjou o sequestro porque gastou o seu salário, que recebia de 15 em 15 dias.

“Quando ele chegou aqui, explicamos toda a situação para ele, as incongruências de toda a história, e em termos de declarações formais, e ele realmente confirmou que não houve sequestro nenhum, não houve nada daquilo, que aquilo seria fruto da bebida, que ele saiu do local de trabalho com vontade de beber e realmente fez uma farra. Ele disse que mandou diversas mensagens, disse que não se lembrava nem do teor das mensagens que mandou, mas que não houve nenhum tipo de sequestro. Demos cumprimento ao mandado de prisão e ele foi recambiado para a Central de Flagrante para ser apresentado na audiência de custódia”, disse o delegado Jorge Terceiro, que ficou responsável pelo caso.

O delegado Barêtta afirmou que Paulo Ricardo pode responder pela mentira. “Ele pode responder, ele vai responder, porque isso é muito grave o sujeito chegar fazendo esse tipo de afirmação falsa, para que todo o sistema nosso de investigação seja mobilizado. Enquanto isso, a gente está deixando de fazer até outro trabalho para resolver esse caso”, destacou.

 

 

 

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