Foto: Arquivo Pessoal

O julgamento do principal suspeito pelo desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann, há cerca de 17 anos, foi adiado poucos minutos depois de começar em Braunschweig, na Alemanha, nesta sexta-feira (16). O Ministério Público acatou o pedido da defesa de afastar a juíza leiga do caso por publicações feitas em 2019 em que pedia a morte do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro.

A defesa alegou que tais tweets a tornavam inadequada para o cargo e que suas opiniões não eram compatíveis com a lei básica.

No judiciário alemão, alguns casos são julgados em tribunais mistos, onde "juízes leigos" – cidadãos comuns – atuam ao lado de juízes para tomar a decisão.

O julgamento deve ser retomado na próxima sexta-feira (23) e tem sessões marcadas até junho. Na ocasião, Christian Brückner, de 49 anos, será julgado por crimes sexuais e estupros ocorridos em Portugal entre dezembro de 2000 e junho de 2017.

Os crimes ocorreram na Praia da Luz, região turística de Algarve, mesmo local onde Madeleine desapareceu em 2007. Brückner teria espancado e estuprado uma idosa. Ele também é acusado de ter amarrado uma menina alemã de 14 anos a um poste de madeira e a obrigado a praticar sexo oral.

Em junho de 2004, ele invadiu o apartamento de uma mulher irlandesa e a estuprou. Outra acusação contra ele é por exibicionismo a uma menina portuguesa de 11 anos em um parque infantil.

Atualmente, Brückner cumpre 7 anos de prisão na Alemanha por estuprar, em 2005, uma americana. O agressor sexual condenado está sob investigação há anos por suspeita de homicídio no caso Madeleine McCann. A menina de três anos desapareceu no dia 3 de maio de 2007 de um complexo de apartamentos na Praia da Luz.

Os investigadores alemães presumem que Maddie está morta – mas o corpo nunca foi encontrado. Ainda não foram apresentadas acusações contra ele neste caso.

 

Fonte: SBT News