Por Rebeca Lima e Gorete Santos (TV Cidade Verde)
Somente no período de 20 dias, oito pessoas morreram afogadas no Piauí em cinco ocorrências registradas desde o dia 27 de janeiro deste ano. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o estado contabiliza um crescimento de mais de 50% nas ocorrências dessa natureza entre os anos de 2022 e 2023.
Em entrevista ao Notícia da Manhã, a relações públicas do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Najra Nunes, faz importantes orientações aos banhistas, principalmente no período chuvoso.
“A gente deve conhecer o local em que está frequentando, mas não basta só conhecer o local que você frequenta, você tem que verificar as condições climáticas daquele dia, para aquele horário que você vai frequentar o local. Quando gente vê que ‘está bonito para chover’, o ideal é você não frequentar esses ambientes aquáticos”, destaca.
A tenente-coronel pontua ainda que além da profundidade do local, os ventos e descargas elétricas quando está chovendo, por exemplo, podem trazer riscos.
“Não se trata só da profundidade. Quando está bonito para chover, há a incidência de raios e o meio aquático é um bom condutor de eletricidade. Assim, você pode estar sujeito à eletrocussão pelas descargas elétricas atmosféricas. Os ventos em uma certa velocidade provocam a agitação das águas”, ressalta.
O Corpo de Bombeiros orienta também que mesmo as pessoas que saibam nadar é necessário usar coletes e boias apropriadas, além de conhecer as técnicas básicas de salvamento e auto-salvamento.
“Mesmo que você saiba nadar – e quem vai frequentar esses ambientes tem que saber nadar – é preciso se proteger com boias e coletes adequados, não aqueles de plástico ou borracha. Saber um pouco das técnicas de salvamento, de auto-salvamento também, a questão da respiração em um ambiente aquático. O importante é manter a calma para que a boia que nós temos no nosso corpo, que é o nosso pulmão, uma boia natural, possa funcionar perfeitamente e fazer você flutuar na água até chegar o socorro e fazer você conseguir ir para um local raso”, finaliza a tenente-coronel Najra Nunes.
