Após anunciar desistência da pré-candidatura e apoio a Fábio Novo (PT) na disputa pela Prefeitura de Teresina, o ex-deputado Luciano Nunes (PSDB) explicou que a decisão leva em conta a sobrevivência política do seu partido político em Teresina. Segundo ele, a aliança com os petistas é uma estratégia para o fortalecimento tucano, sobretudo na formação de uma chapa proporcional competitiva. 

"A partir desse instante a prioridade é elegermos uma bancada de vereadores, construirmos essa chapa proporcional competitiva para manter a representação do PSDB em Teresina. Se fossemos adiante com a candidatura própria, de qualquer forma e sem avaliar as consequências, poderíamos estar colocando em sacrifício essa representatividade", avaliou. 

Ao se aproximar com PT, parte do PSDB se distancia de Silvio Mendes (União Brasil), que foi prefeito da capital pela sigla tucana e deve tentar o terceiro mandato em 2024. Antes de manifestar adesão a Fábio Novo, Luciano Nunes integrava o grupo político adversário dos petistas, mas anunciou rompimento alegando uma “quebra de acordo”. 

Analisando as últimas movimentações eleitorais do PSDB, Luciano Nunes considera que o partido “sofreu muito” no último pleito. “Fomos deixados de lado do processo em prol de um projeto e fomos muito prejudicados pelo resultado das eleições. O partido teve que abrir mão de todas as suas forças, possibilidades e espaços em prol de um projeto que não valorizou o PSDB”, disse.

Neste sentido, Luciano Nunes que a decisão de apoiar Fábio Novo é “vital para a sobrevivência do PSDB”. “O partido, na eleição de dois anos atrás, não foi valorizado como deveria ter sido. Não participamos de chapa majoritária e todos que podiam participar da chapa proporcional foram retirados do partido, isso não pode acontecer nesse momento, nessa eleição”, concluiu.