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Sílvio Mendes evita falar em legado: "é preciso deixar Firmino descansar em paz"

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Por Roberto Araujo

O ex-prefeito e pré-candidato a prefeito de Teresina Sílvio Mendes (União Brasil) disse, em entrevista à TV Cidade Verde nesta quinta (22), que não se coloca como alguém que leva o "legado" do ex-prefeito Firmino Filho (PSDB), morto em 2021. Sílvio Mendes foi secretário durante a gestão de Firmino Filho, e também teve Firmino como gestor no período em que foi prefeito. 

"Eu fui eleito prefeito em Teresina porque o Firmino colocou 7 nomes naquele tempo, eu disse a ele que não queria ser candidato, e as circunstancias me levaram a ser. Mas eu só fui eleito por causa do Firmino. (...) É preciso que a gente deixe o Firmino deixar em paz. Pra mim foi o mais brilhante, depois do Wall Ferraz, foi brilhante, inteligente, estrategista, eleito quatro vezes prefeito de Teresina. Então, ele merece descansar em paz. Eu acho que legado dele, não. Nós fomos gratos ao que ele conseguiu fazer, eu fui chefe dele, ele foi meu chefe, nos tratamos sempre com muito respeito", disse.

O pré-candidato também falou sobre a dissidência de alguns aliados, inclusive do PSDB, sigla pela qual foi prefeito de Teresina por dois mandatos. Na segunda-feira (19) o presidente estadual da sigla e ex-deputado Luciano Nunes desistiu da pré-candidatura a prefeito e decidiu apoiar o petista Fábio Novo.

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com

Sílvio Mendes disse que o fato o deixou "incomodado emocionalmente" porque se tratava de alguém com quem tinha convívio e vínculo familiar, e disse que evita tocar no assunto porque se trata de uma "ferida" que "tem que cicatrizar". Também disse que acredita que o partido União Brasil vai apresentar uma chapa competitiva para a Câmara de Vereadores.

"Não vou me referir a isso porque me incomoda emocionalmente, o meu sentimento, de pessoas que tinham uma convivência familiar, de amizade, de suposta amizade, de interesse esse ou aquele, não. Essa ferida tem que cicatrizar, mágoa não se cultiva porque nada constrói. O que de fato, no mundo real, o que acontece é assim, muito foi dito que a gente não conseguiria formar chapa proporcional, para vereadores. Para nossa surpresa, nós temos mais nomes do que vagas para serem candidatos, pelo União Brasil, não vai fazer vereador. Vai ajudar a eleger. Fazer quem faz é a população", citou.

O pré-candidato também rechaçou o argumento apresentado de que saíram do grupo político de Sílvio Mendes por conta de suposta "falta de diálogo". 

"Ficar dizendo que não teve diálogo, que não teve respeito, é uma justificativa que não cabe, isso não existe. É apenas uma narrativa para justificar uma atitude que talvez envergonhe quem tomou. Não me cabe aqui julgar", disse.

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com


"Estou no União Brasil, mas meu coração é do PSDB"

O ex-prefeito também citou que tem uma relação de afeto com o PSDB, partido pelo qual foi prefeito da capital por duas vezes, e disse que está atualmente no União Brasil por conta de circunstâncias políticas.

"Estou no União Brasil mas meu coração é do PSDB, onde comecei levado pelo Wall, e por uma questão de impasse e dificuldade na relação política e pessoal do Heráclito com o Ciro, eu tive que aceitar ser dirigente partidário, coisa que não me dá prazer. Eu não gosto, eu aceitei na condição de que eu colocasse um vice, o Marcos Elvas, que na verdade é o presidente, não sou eu", explicou.

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