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Neste mês de fevereiro, comemora-se o Dia Mundial do Combate ao Câncer (4), data importante para a conscientização internacional e melhora do conhecimento sobre os riscos da doença e realização de ações para prevenção, detecção e tratamento. A rede dos 41 hospitais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) disponibiliza tratamento para o câncer aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Há mais de 100 diferentes tipos de câncer, doença caracterizadas pelo crescimento desordenado de células que se agrupam, formando tumores. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a enfermidade surge a partir de uma mutação genética (alteração no DNA da célula), que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. O tratamento é feito através de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea, podendo, em muitos casos, ser necessária a combinação de mais de uma dessas técnicas.
O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (HUGG-Unirio), é uma das unidades da Rede Ebserh que oferece o tratamento para o câncer por meio de cirurgia para retirada do tumor e quimioterapia. “Na oncologia, os casos mais atendidos são de câncer de mama, de colo de útero, de próstata, e de cólon e reto. Já no Serviço de Hematologia, são tratados linfomas e mielomas múltiplos”, destacou Lucian da Silva Viana, enfermeiro oncologista do Ambulatório de Oncologia Clínica do HUGG.
Foi no HUGG que Vanessa Schroeder, diagnosticada com câncer de mama, realizou tratamento para a doença. “Eu tinha um nódulo e era acompanhada anualmente. Em casa, percebi com o autoexame o caroço aumentando e quando consegui consulta com a mastologista e fiz os exames, foi tarde demais”, explicou Vanessa que segue sendo acompanhada. Ela enfatizou que o tratamento recebido no HUGG através do SUS superou as suas expectativas e complementou: “fui atendida de forma incrível. Os profissionais são maravilhosos, amorosos, atenciosos e muito bem-preparados”.
No Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI/Ebserh), Adriana Batista foi submetida ao tratamento após ter sido diagnosticada com adenocarcinoma de pâncreas, em estado avançado, com metástase no fígado, em 2018. Sua expectativa de vida seria de três meses. Hoje, passados cinco anos, ela continua sendo acompanhada no hospital, a cada 15 dias, e comemora a regressão do tumor e remissão da metástase.
Ela falou que recebeu muito apoio no HU e emocionada, destacou o apoio dos familiares: “Para quem tem essa doença, o apoio da família vem em primeiro lugar. Hoje agradeço muito esse apoio recebido pelos filhos e marido e por todas as pessoas que estiveram do meu lado nos momentos ruins e bons”.
Fator de risco e prevenção
De acordo com o oncologista clínico Antonio Moreira de Sousa Neto, do Hospital HU-UFPI, o câncer apresenta como possíveis fatores predisponentes as causas ambientais e hereditárias. Ele enfatiza que apenas 10 a 20% dos casos são por hereditariedade e que a grande maioria apresenta como fatores principais o ambiente e o hábito de vida (tabagismo, obesidade, alimentação inadequada, alguns quadros infecciosos e envelhecimento, entre outros).
Antonio Moreira lembra que se existirem parentes que já tiveram a doença, o ideal é a pessoa passar por avaliação de um geneticista ou oncogeneticista. “Este profissional irá avaliar o histórico familiar e quais condutas tomar, incluindo a necessidade de realizar painéis genéticos específicos para cada pessoa”.
O chefe da Unidade de Hematologia e Hemoterapia do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (CH-UFC), o médico Fernando Barroso, destaca que a prevenção à doença pode ser muito eficiente em vários tipos de cânceres, como o de mama, de próstata, de pulmão, os ginecológicos como o de colo do útero, e cânceres da linhagem hematopoiética: leucemias, linfomas, mielodisplasias e mieloma múltiplo.
Quer saber mais?
O Ministério da Saúde apresenta uma cartilha de prevenções e diagnósticos precoces. Dentre as prevenções estão inclusas hábitos de vida saudáveis, atividade física, alimentação adequada, atualização da caderneta de vacinação e suspensão do tabagismo e etilismo.
Fonte: Governo Federal
