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Oftalmologista alerta para tratamento adequado da Neuromielite Óptica

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Foto: Freepik

O Março Verde é marcado por ações de conscientização sobre a Neuromielite Óptica (MNO). De modo geral, a doença se caracteriza por uma inflamação autoimune que causa a neurite óptica, referindo-se à inflamação dos nervos ópticos, e a meliete (inflamação da medula espinhal). Nesse sentido, o objetivo central da campanha é garantir que as pessoas diagnosticadas com a doença, assim como a sociedade em geral, tenham acesso a informações precisas e confiáveis para melhor qualidade de vida e bem-estar. Ao longo do mês, campanhas são impulsionados para alcançar esse propósito.
 
De acordo com a médica oftalmologista especializada em neuro-oftalmologia, Patrícia Dalia Medeiros, o Brasil é o 2º país com maior prevalência da NMO no mundo. Ela também pontua que os principais sintomas da doença incluem a recorrência de ataques de perda da visão por inflamação dos nervos ópticos; dor de cabeça ou nos olhos; embaçamento da visão; visão mais escura; diminuição do campo de visão, assim como fraqueza muscular com dificuldade para andar; alteração do controle da urina e do intestino e vertigens. “A doença não tem cura, mas pode ser controlada com uso de corticoides, imunossupressores e anti-inflamatórios”, explica.
 
A médica oftalmologista ressalta que é fundamental compreender que a Neuromielite Óptica (NMO) e a Esclerose Múltipla (EM) não são a mesma coisa, pois têm natureza e mecanismos diferentes. Vale dizer que a NMO foi considerada diferente da EM após a descoberta do anticorpo anti-aquaporina-4. Dessa forma, segundo a médica do vilar, a “NMO acontece por ataques a uma proteína (aquaporina4) presente nos astrócitos, que transporta a água dos vasos sanguíneos às células nervosas”, observa.
 
É imprescindível que aconteça o diagnóstico de maneira efetiva, principalmente quanto à diferenciação da esclerose múltipla. Além de ajudar no tratamento precoce também impede que haja intervenções que piorem o quadro do paciente. Entre os potenciais de detectação é possível investigar a doença por meio de exame neuro-oftalmológico e neurológico, por exemplo. “A intenção, nesse sentido, é sempre atuar em ações preventivas contra o agravamento da doença”, finaliza Patrícia.

 

Da Redação 

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