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Grupo de mães homenageia família de criança com Síndrome de Down em Teresina

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Por Adriana Magalhães

O que era para ser uma caçada aos ovos de Páscoa, se transformou numa homenagem ao pequeno Jordano Filho, 6 anos, e sua família. Ele tem Síndrome de Down (T21) e estuda com um grupo de crianças desde à pré-escola, em uma escola da rede privada em Teresina.

A ideia da homenagem nasceu no grupo de mães dessa turminha, em uma rede social.

"O mês de março é dedicado à conscientização sobre a Síndrome de Down. No nosso grupo temos uma mãe atípica e bastante engajada. Os nossos filhos amam o filho dela. Então decidimos fazer essa surpresa porque nos perguntamos se estávamos fazendo o nosso máximo por essa mãe amiga", disse a advogada Larrisa Teixeira.

A homenagem foi organizada para surpreender a família de Jordano Filho.

"Marcamos para levar as crianças para um espaço de brincar, lá faríamos uma caçada aos ovos de Páscoa. Em segredo, organizamos tudo e quando eles chegaram foram homenageados pelo nosso grupo", explicou.

O grupo formado por cerca de 25 crianças e seus pais encomendou camisas para homenagear Jojô e seus pais. As camisas foram estampadas com um par de meias de estampas diferentes e trazia a frase "O amor não conta cromossomos".

"Foi uma surpresa, fizemos blusas, programamos atividades com as crianças como uma forma de agradecer pelo convívio diário e a oportunidade dos nossos filhos em conviver com as diferenças", disse.

O cromossomo T21, presente nas pessoas com a Síndrome de Down, tem o formato parecido com uma meia, por isso o par de meias com pés trocados é utilizado para fazer referência à síndrome.

"A frase 'o amor não conta cromossomos' tenta explicar que um cromossomo a mais, presente no DNA de pessoa, não pode limitar sua vida e suas conquistas", disse a mãe.

As crianças também calçaram pares de meias trocados e coloridos, que são uma representação simbólica da Síndrome de Down, um gesto realizado para celebrar as diferenças.

A mãe de Jojô, a dentista Moema Sampaio, falou com o Cidadeverde.com e disse que a família recebeu com muita emoção a homenagem.

Foto: Arquivo Pessoal

"Recebemos com muita emoção. Jordano é nosso único filho. Ele estuda com esses coleguinhas desde o início da vida escolar. E as crianças têm uma relação muito feliz, que acabou se estendendo aos pais", disse.

Conscientização da Síndrome de Down

O dia 21 de março é dedicado à conscientização da Síndrome de Down. No Brasil, estima-se que há cerca de 300 mil pessoas com Síndrome de Down. Segundo dados do Ministério da Saúde, a síndrome é detectada em 1 em cada 700 bebês no país.

A síndrome não é considerada uma doença, mas uma condição genética. Ela é gerada a partir da terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do corpo do bebê no momento de sua concepção, fazendo com que uma pessoa com Síndrome de Down tenha 47 cromossomos, em vez dos 46 habituais.

Como consequência da alteração genética, as pessoas com a síndrome costumam apresentar cardiopatia congênita, alterações no sistema digestório, endócrino, no aparelho locomotor, neurológicas, auditivas, visuais, entre outras. E, por isso, devem ser acompanhadas por uma equipe médica multidisciplinar é importante, ainda, que tenham acesso a uma educação inclusiva, que incentive o convívio social, como fez a família de Jordano, que o matriculou em uma escola convencional e acompanha de perto o seu desenvolvimento.

 

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